[ATUALIZAÇÃO, 3/5/201]: Após mais testes feitos com a expansão e a atualização mais recente de Europa Universalis IV (1.31.1), recomendamos fortemente esperar para que o jogo e Leviathan estejam estáveis antes de comprar
“Céus, por onde eu começo com essa expansão? Bom, há os países recomendados, mas há tanto a explorar”. Tal sentimento não é incomum toda vez que a Paradox lança uma gigantesca expansão para Europa Universalis IV, mas Leviathan — disponibilizada nesta terça-feira (27) via Steam — me fez congelar de indecisão.
Ainda que Leviathan tenha seu maior foco na região da Ásia e seja, mais uma vez, voltada para os jogadores veteranos (tanto que é recomendável ter Mandate of Heaven e Dharma para melhor apreciá-la), ela é o tipo de expansão tão repleta de peculiaridades que listá-las seria um exercício em frustração. Afinal, criar uma lista de “coisas que você pode fazer” em uma expansão é menos útil do que escrever receita de bolo.
Portanto vamos ao grosso da história: Esteja você interessado em jogar com uma das províncias da Ásia ou até mesmo com os gigantescos países da Europa, Leviathan vai mudar a sua perspectiva de Europa Universalis IV de uma maneira geral.
No momento eu tenho três partidas ocorrendo em paralelo, o que é um tanto insano da minha parte. A primeira com a Polônia, a segunda com Dai Vet (vietnã) e a terceira com Portugal. Em cada uma delas eu vi que as mecânicas de Leviathan impactaram profundamente como eu lidava com comércio, fronteiras e outras tantas peculiaridades de Europa Universalis IV.
Dai Vet (Vietnã) de longe tem sido a campanha mais “complicada” para mim. Subjugados pelos Ming, a nação começa enfraquecida, no vermelho e ainda com a chance de se dividir em dois caso você não complete um conjunto de missões incluídas na expansão.
Um dos fatores essenciais para que você consiga completar as três missões é controlar os “nobres” – que convenhamos, não é nem um pouco fácil dependendo de que país você joga. Como eu estou longe de ser um exímio jogador de Europa Universalis IV, reduzir as terras dos nobres e ainda manter a maioria da província para a coroa foi na base do suor, tentativa e erro.
Errei nas minhas decisões, fiz com que os nobres se revoltassem contra mim (como se já não bastasse os separatistas) e ainda quis abocanhar um pedacinho de outra região para, quem sabe, ter um fluxo de caixa melhor. Se você pensou “você fez uma senhora burrada”, então você acertou. Deveria estar escrito na minha testa.
Mesmo falhando, a árvore de missões dos Dai Vet é interessantíssima — e não só a deles, mas as mudanças na região como um total. Uma das melhorias incluídas na atualização é a possibilidade de construir transportes de maneira mais “ágil” com a opção “Draft Transports”. Isto me faz querer começar uma próxima partida como Brunei e conquistar os territórios adjacentes sem depender da interface insuportável de construção naval.
Sei que muitos discordam comigo neste ponto e eu entendo a necessidade do combate naval e seus custos em Europa Universalis, mas há momentos em que eu preferiria que os exércitos fossem transportados automaticamente como em Crusader Kings 3 ou Total War: Rome 2. Bem, ao menos a interface de produção ficou um pouco mais clara com a atualização.
Minha partida com a Polônia seguiu um caminho bastante diferente. Situada no caldeirão que é o Sacro Império Romano-Germânico, acabar em guerras é inevitável. Não há tantas mudanças significativas nessa área, com exceção da possibilidade de atacar a capital do seu inimigo, e o novo sistema de favores.
Destes, enfatizo – e muito – o sistema de favores. Até então era uma função útil, mas, à medida que a partida avançava e coligações eram formadas, ela se tornava mais e mais esquecida. Agora com as novas opções diplomáticas eu sinto ter um maior controle do que eu posso ou não fazer com as nações que me devem tais favores. E na hora que o dinheiro ou a quantidade de “manpower” aperta, os favores são uma salvação.
Creio que muitos estejam perguntando por que diabos eu decidi jogar com Portugal, sendo que a nação é uma das mais “expandidas” de Europa Universalis. Ora, por causa do novo sistema de especialização de colônias. Esta é a partida em que eu estou menos avançado, já que colonizar o Brasil não é uma tarefa que demora só “alguns aninhos”.
Mas é bem legal ver a forma que a Paradox ampliou como você pode administrar as suas colônias. No momento o meu foco no Brasil é aumentar a minha renda e minha frota naval. Quem sabe com os movimentos certos eu não consiga dominar o comércio na Europa por mais tempo ou até mesmo dar um futuro próspero para Portugal? É um grande avanço em relação ao antigo sistema de “criar uma colônia e esquecer que ela existe até uma rebelião ou evento acontecer e ela declarar independência”.
Como disse no começo do texto, eu arranhei muito pouco a superfície de Leviathan. É uma expansão enorme que vai me demandar dias, quiçá semanas para montar um panorama geral. Dito isso, notei que alguns bugs com o sistema de favores estão presentes e que devem ser consertados em breve – afinal, não seria uma expansão da Paradox sem uma boa leva de bugs para acompanhar, não é?
Até o momento, a minha recomendação é: Se você tem interesse em Europa Universalis IV e ainda mais na região da Ásia, Leviathan é uma expansão crucial. Todavia, a quantidade de bugs presentes no atual estado do jogo (datado de de maio de 2021), é melhor você esperar até que tanto Europa Universalis IV e Leviathan estejam mais estáveis.