É no mínimo interessante quando uma empresa, famosa por jogos mais voltados a RPG de estratégia, como a NIS, cria um Action RPG. Poderia ser um desastre, mas The Witch and the Hundred Knight se saiu surpreendentemente bem.
A premissa do jogo ainda tem um estilo mais “infantil”, você é um cavaleiro de uma profecia que acaba por ser controlado por uma bruxa. Seu objetivo? Ajudá-la a espalhar seu mal pela terra.
Mas não pense que é rápido desse jeito, muito pelo contrário. The Witch and the Hundred Knight demora muitas horas, muitas horas mesmo para engrenar. Apenas o seu tutorial me levou cerca de uma hora e tanto para terminar. Isso que trata-se apenas de explicações sobre mecânicas simples, ou que pessoas mais acostumadas com action-RPGs tenham conhecimento de.
O próprio gameplay de The Witch and the Hundred Knight é um pouco lento no geral. O seu personagem tem um ritmo não tão frenético, onde o foco é saber quando e como bater no oponente ao invés de socar o dedo no A ou X até cansar.
Isso nos leva ao sistema de combos, um dos pilares de sua jogabilidade. Os combos são definidos pelo estilo de arma que utiliza. Ou seja, você não equipa apenas uma, mas sim várias, cada é uma parte do combo.
Digamos que, por exemplo, você tem dois machados, uma lança e um martelo. A lança será o primeiro ataque, que será rápido, enquanto duas machadadas mais lentas continuam o combo. Por fim, o martelo atinge o oponente de uma maneira mais lenta. Sendo assim, é necessário descobrir um bom equilíbrio entre rapidez e não deixar que o combo acabe.
Agora você deve pensar, nossa, isso é complicado. Espero que o jogo me explique melhor. Aí que tá o problema, ele não explica. Tudo isso você aprende após o longo tutorial e mais uns 30 ou 40 minutos de diálogo.
Esse é o grande mal de The Witch and The Hundred Knight, ele se foca demais em áreas que não valem tanto a pena, enquanto outras acabam abandonadas. Ao invés de termos dungeons mais interessantes, temos dungeons demasiadamente longas com um conteúdo relativamente espaçado.
Isso piora já que você tem um certo “tempo” que pode ficar em cada dungeon, ou seja, não bastam ser longas, você terá que ir em levas.
O que me fez voltar a, ou ao menos continuar jogar foi o seu sistema de combos e a sua estética. Apesar de muitos personagens não terem me agradado, a estética no geral é bem agradável. Além do que, ele não é um jogo extremamente difícil. Bom para quando você não quer jogar algo que te estresse.
Tecnicalidades
Não há muito o que reclamar na parte técnica de The Witch and The Hundred Knight, apesar de uma taxa de quadros, aparentemente sem razão, baixa. O seu gameplay não é muito afetado por isso.
Se tem algo que eu posso recomendar é para que troque as vozes do inglês para o japonês. Acredite, torna menos sofrível a experiência. As vozes em inglês não são ruim, mas irritam muito mais rápido do que caso jogue em japonês.
The Witch and The Hundred Knight é mais um bom título para a biblioteca da NIS. Apesar de alguns sérios problemas durante o andar da história e ser mais longo do que deveria; vai agradar aos fãs mais hardcore de actions RPGs e RPGs no geral.
A análise foi feita com base em uma cópia enviada pela NIS America