Como se faz um 4X com diplomacia quando o material que o inspira resolve tudo na base da guerra? Simples, não coloque diplomacia. Ao menos essa é a proposta de Warhammer 40K: Gladius – Relics of War da Slitherine e da Proxy Studios, que sai em 12 de junho.
Bebendo imensamente da fonte da franquia Endless (Endless Space / Endless Legend), a Proxy Studios – cujo trabalho anterior foi Pandora: First Contact – divide a campanha de cada facção (Necrons, Space Marines, Imperial Guard e Orkz) em capítulos, estes completados assim que o jogador realizar ações específicas, que vão de pesquisas a conquista territorial. Uma tela de história ou uma cinemática é apresentada toda vez você passa para a próxima etapa da história.
Assim como Pandora, Gladius quer dar ênfase o aspecto de exploração do 4X; Gladius Prime, o planeta onde a trama se passa, promete ser repleto de armadilhas e ameaças que vão além da fauna hostil. Um dos exemplos é o Wire Weed – flores que permeiam a superfície do planeta e que causam dano massivo as unidades caso fiquem turnos demais no “tile”. A ideia é que isso faça com que os jogadores pensem taticamente em como posicionar suas unidades, especialmente quem jogar com os Space Marines e ou os soldados do Imperial Guard, que são os mais suscetíveis a dano.
Por outro lado, os Necrons prometem ser a facção mais “resistente”, com unidades capazes de se regenerar. Mas não imagine que isso equivale a vitória garantida, pois cidades Necron só podem ser construídas em tumbas ou cidades destruídas. Um início de partida sem essas estruturas e pode ser que você tenha uma derrota em mãos mais rápido do que imagina.
Meu tempo com a versão de preview – limitada aos Space Marines – foi no mínimo… interessante. Gladius não utiliza um sistema tradicional de evolução de cidades onde você pode construir quantas edificações quiser. Antes disso, é preciso limpar as áreas adjacentes de detritos para aí sim construir. É um processo longo, que requer cuidado e planejamento.
Planejamento pode ser até a palavra chave de Gladius – Relics of War, pois até mesmo a construção de unidades e movimentação delas pelo terreno demora dezenas de turnos. Mal consegui explorar nos primeiros 20 turnos iniciais da partida com os Space Marines por conta da quantidade absurda de Wire Weed na região (e depois minhas tropas foram massacradas por uma facção independente que ainda habita o planeta).
Outra diferença considerável fica para a “árvore” de pesquisa, se é que posso chamá-la disso. Ao invés do tradicional “pesquise tecnologia X para ganhar bônus em produção Y”, muitas são voltadas para o desbloqueio de novas construções, unidades especiais ou habilidades.
Entretanto, o ato de fato jogar cada turno (mover unidades, atacar, etc) de Gladius me faz lembrar um pouco demais Pandora, que é enraizado em um estilo de estratégia 4X tradicional – seja pela a temática Sci-Fi, a maneira que você gerencia as unidades e a própria habilidade delas (Space Marines usam granadas, a mesma habilidade que estava disponível para a facção terráquea de Pandora). O toque especial vai ficar mesmo para a história, que torço para que seja moderadamente boa e que garanta algumas dezenas de partidas, e as unidades de facções mais avançadas (Orkz e Necrons).
Nas duas últimas semanas a Proxy Studios divulgou a lista completa das unidades dos Space Marines, Necrons e do Imperial Guard, disponíveis nos links abaixo. De algo não posso reclamar: o que não falta é variedade na utilização dessas unidades no campo de batalha.
Lista de unidades dos Space Marines