Peça-me para citar jogos com o desenvolvimento conturbado e certamente irei citar “Dead Island 2”. Anunciado em 2014 e agora previsto para sair em 21 de abril no PC, PlayStation 4/5 e Xbox– e se for para partir do trailer de quase 15 minutos divulgado nesta quinta-feira – estou começando a acreditar que este vai ser um dos raros casos de sucesso após um ciclo tão longo.
O vídeo que se foca em um dos 6 personagens jogáveis, Dani, apresenta um jogo que parece ter entendido muito bem os pontos fortes do seu antecessor e redobrou os esforços para torná-los mais interessantes. Eu imaginava ver um jogo que seguisse mais os passos de seu sucessor espiritual, “Dying Light”, mas a realidade é que o combate continua parecendo ter uma cadência mais lenta e a ênfase em elementos de RPG não foi descartada.
Isso já é mostrado nos primeiros minutos onde Dani não faz acrobacias ou parkour, mas sim tem que navegar com “cuidado” entre zumbis e usar um arsenal variado de armas para derrotá-los. Claro que a grande “estrela” do trailer é o tão comentado pela Deep Silver e a Dambuster Studios sistema de dano “Flesh”, que em suma garante que “Dead Island 2” seja extremamente violento e exagerado.
Cabeças explodindo com uma pisada? Claro. Uma martelada no chão que quebra ossos de zumbi como se fossem biscoitos? Mas é óbvio. O gore pode não descer bem para muitos, mas é difícil de descartar o fato de que ao menos no que diz respeito a tecnologia envolvida na criação, é impressionante.
Mas, como tecnologia não revela muito para mim, o que me deixa ainda mais esperançoso são as novas habilidades que podem ser ativadas via um sistema de “cartas” e as que foram mostradas no trailer não são “inúteis” por assim dizer.
Uma das partes mais entediantes do primeiro jogo era a maioria das habilidades passivas e apenas aumentavam em 10% algum estilo de combate específico. Agora mecânicas como esquivas e chutes poderosos são equipáveis e podem ser combinados para um combo. Tudo bem que é o de se esperar de uma sequência, mas considerando o tempo de desenvolvimento de “Dead Island 2”, eu não imaginava o que viria por aí.
O trailer não entra em muitos detalhes sobre a trama, mas do pouco de diálogo mostrado, eu não sei se estou disposto também a saber dela. Tudo soa como o seu típico cenário clichê com personagens tão exagerados quanto a violência – o que não necessariamente é algo ruim – mas eu tendo a colocar este elemento em segundo plano quando o tema são jogos de zumbi.
Muita água vai rolar até abril, então não vou deixar as minhas expectativas me levarem, mas após um decepcionante “Dying Light 2”, ao menos “Dead Island 2” tem a chance de acertar em cheio.
Veja o trailer completo abaixo: