Quem aí imaginaria que Victoria 3 seria lançado este ano? Pois é, quem estava apostando para o ano que vem errou feio. A Paradox Interactive anunciou nesta terça-feira (30) que o Grand Strategy ambientado no Séc XIX estará disponível a partir de 25 de outubro no PC a partir de R$ 165,99.
Para quem está assustado com o preço. Pois é, nem os jogos da Paradox se salvaram da desvalorização do real. A boa notícia é que eu tive a chance de jogá-lo por 10 dias — em uma matéria que sairá em breve — e ele até então é uma incrível evolução dos sistemas de Victoria 2.
Mudanças consideráveis na interface foram feitas para torná-la mais amigável para “novos jogadores” assim como um tutorial mais robusto nos moldes de Crusader Kings 3. Todavia, o grosso do jogo – a economia e a luta pela esfera de influência entre múltiplos poderes, continua tão ou mais complexo quanto o seu antecessor.
Um dos pontos que eu mais notei durante o meu período de preview é a fragilidade do mercado econômico de vários países. Mude as tarifas ou abra novas rotas de importação / exportação e cedo ou tarde um grupo irá se rebelar contra você. Muitas vezes tinha que lidar com a população me odiando por mais dois ou três anos na chance de ainda permanecer na frente como poder global.
Para entender o grau de complexidade de Victoria 3, vou dar um exemplo bem simples sobre uma das minhas partidas como o Brasil. Eu poderia criar portos no Rio de Janeiro e isso iria criar mais empregos na região. Entretanto, o custo dos materiais base iriam prejudicar a minha renda. Por outro lado, eu iria ter mais oportunidade de criar rotas de exportação. Decidi seguir este caminho e firmar um acordo com a Inglaterra.
A decisão, no entanto, foi péssima a longo prazo pois a Inglaterra entrou em guerra – outro elemento que foi consideravelmente melhorado em Victoria 3 com o novo sistema de demandas e zonas de influência ao invés de “guerra pura” – e minha rota de exportação serviu apenas para dar prejuízo.
Havia como sair desse buraco? Creio que sim, mas as camadas de complexidade de Victoria 3 são tão grandes que eu ainda estava longe de entender os nuances do sistema mercadológico.
Mas não pense que as outras áreas de Victoria 3 foram deixadas de lado. Tudo o que Victoria 2 e sua expansão possuíam estão presente no jogo base de uma forma ou outra – seja via mecânicas ou novas políticas.
Só a quantidade de produtos de exportação, o novo sistema militar, os novos tipos de população e como elas interagem entre si acerca das suas decisões políticas / militares / infra estruturais ultrapassa o que eu vi em Victoria 2.
Nos próximos dias eu conto para vocês como eu tentei – e falhei – em fazer o Brasil se tornar uma grande potência. Por ora fique com o trailer e mais imagens de Victoria 3 abaixo.