Minha experiência com a versão de tabuleiro de Gloomhaven é um tanto quanto limitada. Fiz uma ou duas partidas ao longo da minha vida e olhe lá. Agora minha experiência com a adaptação digital – a qual eu tenho jogado nos últimos dias – é uma que varia entre êxtase e miséria.
Lançado oficialmente nesta última quarta-feira (20) tanto via Steam quanto GOG depois de quase dois anos de acesso antecipado, a versão digital de Gloomhaven retém bastante do que faz o combate tático do game ser tão atraente. A cada turno você precisa decidir que tipo de carta usar e entender como ela cria uma dinâmica com outra carta do seu baralho ou contra o baralho do oponente.
O que mais pode assustar os novatos é a discrepância entre o, embora incrível tutorial, e a campanha em si. Espere perder uma, duas, três, centenas de vezes até pegar o jeito do jogo. Além do que, quanto mais personagens na sua party, mais difíceis são as quests. A Flaming Fowl até tenta dar uma guiada apontando classes mais “fortes” para iniciantes, mas eu mesmo bati muito contra paredes gigantes durante as dez ou mais horas da campanha que joguei até então.
Mas para mim é aí que a graça está, nessa bizarra punição de usar as cartas certas ou erradas, de comprar equipamento com o mísero dinheiro que ganhei em cada quest e de sair vitorioso das batalhas. É claro que isso é a minha cara levando em conta que eu já gastei mais tempo do que devia em jogos como Battle Brothers e outros jogos de estratégia / RPG que não são conhecidos por serem amigáveis.
A minha crítica deve ir ao ar nas próximas semanas, mas se você tem o menor interesse em Gloomhaven e não tem espaço ou tempo para jogar com amigos, te digo com bastante folga que a adaptação digital faz mais do que um trabalho competente. Para mim ela pode se tornar o padrão de como adaptações de jogos de tabuleiro deviam ser tratadas daqui para frente.