Que final de semana corrido, não? Eventos para tudo quanto é lado – PC Gaming Show, Future Game Show e dois dias de Guerrilla Collective. Queria eu ter tempo e forças para ter coberto tudo, mas dado o tamanho pequeniníssimo da equipe, decidi por melhor deixar alguns dos meus destaques favoritos abaixo.
Além dos já anunciados Gonner 2, a data de lançamento de West of Dead, a Raw Fury divulgou um novo trailer de Per Aspera.
Previamente comentado aqui no site e em produção pela Tlön Industries, o construtor / gerenciador de cidades coloca você no controle de uma IA com o propósito de terraformar Marte em um planeta sustentável para a vida humana. Até então o que sabíamos que ele tinha uma camada de história e um sistema relativamente simples de gerenciamento. O novo trailer abre portas para mais história e – o mais interessante – eventos aleatórios que poderão prejudicar o processo de transformação do planeta.
Seguido disso a publisher anunciou Wolfstride dos brasileiros da Ota Imon; RPG com batalhas em turnos traz uma mistura da estética de jogos como Ghost Trick e mechs gigantes. Sendo assim, já está na minha lista de interesse.
Para fechar a seção Raw Fury, Star Renegades recebeu mais um trailer e ainda continua sem data de lançamento. O trailer em si não é nada de especial para mim, mas ainda fico bastante curioso com a mudança estética de “2D” para um “pseudo 3D” / “2.5” decidido pela Massive Damage. Seu jogo anterior, Halcyon 6, recebeu várias atualizações para refinar o seu sistema de combate e espero que esses aprendizados estejam sendo usados para Star Renegade.
Outro jogo que chamou bem a minha atenção foi Trash Sailors da fluckyMachine. O game coop onde você controla um grupo de marinheiros parece uma versão enxugada da expansão de Don’t Starve – que a meu ver é ótimo –, pois não tenho a menor paciência para Don’t Starve.
Como era de se esperar de uma conferência com jogos “indies”, a Dear Villagers e a Triple Topping deram as caras com dois anúncios interessantes. O primeiro é a versão de Xbox One de Welcome to Elk – um adventure cujo foco da desenvolvedora é transpor histórias de pessoas para um universo mais alegre e descontraído. A estética me atrai e eu nunca vou dizer “não” para um bom adventure.
Já a Dear Villager anunciou em conjunto com a desenvolvedora Artefacts Studios o Dungeon of Naheulbeuk. Ainda estou com o pé atrás sobre esse pelo conceito de “RPG tático” e a tremenda ênfase em nuXCOM. Vejo que o estilo já foi bem dominado por jogos como Fort Triumph e não sei em que ponto há como “inovar” ou “refinar” a fórmula sem que as desenvolvedoras finalmente se desprendam do jogo da Firaxis.
Outro que não posso deixar de mencionar é Cardaclysm. Sim, se o nome deu a entender que é um jogo com cartas, é porque ele é mesmo. A diferença aqui dentre ele outros como Monster Train e Slay The Spire está na maneira que você navega o mapa e a possibilidade de invocar minions. A versão de acesso antecipado está prevista para o inverno desse ano.
Enquanto isso, outro vai sair da fase de desenvolvimento – Colt Canyon está previsto para esta terça-feira, 16 de junho. Venho jogado bastante o roguelite com estilo minimalista e digo para vocês que ele até então vale todo o investimento possível. É carismático, ligeiro, as runs são rápidas e a ausência de uma metaprogressão significativa só aumenta a tensão de cada partida. Uma análise será publicada em breve.
Ainda no tema roguelites, outro que está na minha lista de favoritos é o Source of Madness da Carry Castle pela sua peculiar estética. Ele me lembra um tanto A Valley Without Wind, um fabuloso indie que joguei anos atrás e ainda mantenho boas memórias. Source of Magic promete nove biomas, diferentes tipos de classes – algo esperado de um roguelite – e monstros com físicas distintas. Ou seja, eles irão se adaptar ao ambiente que estiverem. Vejo esse como o maior destaque do jogo até então, pois mecânicas como essa são do estilo “ou funciona, ou tudo quebra”. Espero que seja a primeira opção.
Outro que ganhou um trailer tão misterioso quanto a sua premissa é Exo One. Acompanho o desenvolvimento jogo desde o Kickstarter em 2017 e a ideia de controlar um “robô” capaz de manipular a gravidade soa interessante. Ao mesmo tempo, parece mais um jogo meditativo / feito para explorar e apreciar as paisagens do que qualquer outra coisa. Não falo isso de modo ruim, já que ele é belíssimo.
Fechando os nossos destaques da Guerrilla Collective vem Lost at Sea do Studio Fizbin e a Headup games. A estética me fisgou mas não sei se a narrativa vai me agradar. O estúdio “o vende” como mais um daqueles games que vai fazer você repensar sobre a vida, os bons e ruins momentos dela e por aí vai. O trailer divulga pouco sobre o jogo, mas tenho receio de que ele vire mais um daqueles que te joga em uma espiral de culpa como foi Someday You’ll Return.
A página da Guerrilla Collective no Steam tem alguns desses jogos em versão demo. Dentre eles estão Cardpocalypse, Colt Canyon, e West of Dead. Recomedo, e muito, que vocês deem uma olhada nelas.