Desde que ele foi anunciado como um “Grand Strategy”, eu estava ansioso em ver como “Knights of Honor II” iria se diferenciar de jogos como a franquia Total War ou os colossos da Paradox. As primeiras imagens não me deram muita esperança, e agora que ele teve seu primeiro vídeo de gameplay propriamente divulgado, eu estou em um misto de confuso e esperançoso.
Os 16 minutos do vídeo são voltados para a camada estratégica de “Knights of Honor II”, se focam no reino de Aragão, e a interação dele com seus aliados e inimigos. Há uma claríssima inspiração em outros jogos de estratégia — o que não é algo necessariamente ruim.
Tal como Crusader Kings você tem acesso a uma corte que é usada para recrutar de diplomatas a clérigos e eles tendem a trazer algum bônus para uma área específica do seu reino. Um diplomata, por exemplo, pode melhorar passivamente a sua reputação com reinos adjacentes, mas também pode se focar em um país específico por uma ação “ativa” que vem acompanhada de um custo de manutenção. Cavaleiros podem melhorar a qualidade das suas tropas ou diminuir o valor de recrutamento / manutenção das mesmas.
Vale apontar é claro, que todas essas mecânicas — ao menos de cara — estão muito simplificadas em comparação aos jogos da Paradox. A meu ver, é como se a Creative Assembly tivesse tentado (e tentou com Three Kingdoms) colocar mais diplomacia em Total War e se focar menos nos conflitos e tropas.
Por falar em tropas, “Knights of Honor II” usa um sistema também mais “simplificado” do que outros jogos de estratégia em grande escala. O tipo de tropa é determinado pela nação que você joga e elas podem ser recrutadas quase que instantaneamente. Creio que o motivo disto seja a camada tática do jogo, não mostrada no vídeo.
A partir dos 9:00 do vídeo, o reino de Aragão entra em guerra contra Navarra e ataca a cidade de Pamplona. A partir deste ponto o jogo te dá duas opções: deixar a IA cuidar do combate ou participar ativamente dele.
A segunda opção te transporta para um mapa com uma câmera bem próxima de jogos de estratégia como “Age of Empires” mas com as mecânicas de combate de Total War. Ainda não está claro se o jogador pode participar de todas as batalhas de “Knights of Honor II”, mas trailers divulgados anteriormente apontam que cercos a castelos estarão presentes.
Outras mecânicas que não foram mostradas neste vídeo — como três datas de início diferentes — podem ser vistas em mais detalhes no canal da THQ Nordic Inside (caso você tenha horas e mais horas de tempo livre). “Knights of Honor II” também quer se diferenciar com um sistema de culturas e religião próprio – incluindo mecânicas exclusivas para o islamismo – e além de tudo não ser complicado.
Se a desenvolvedora Black Sea Games vai ser bem sucedida nessa empreitada ou não, vamos descobrir em duas semanas quando o jogo for lançado em 6 de dezembro. Ambição não falta, mas eu já vi muita empresa ambiciosa tropeçar na reta final. Vamos torcer para que não seja o caso de “Knights of Honor II”.