Com seu lançamento previsto para esta sexta-feira (22), realizamos uma entrevista com Ty Taylor, um dos desenvolvedores de The Bridge. Com fortes inspirações em M. C. Escher, o puzzle game traz como mecânica principal a resolução de desafios pela ajuda da gravidade e uma mecânica de voltar no tempo.
- Como o Projeto começou? Você pode explicar algumas das motivações do Bridge?
The Bridge começou originalmente como um de meus projetos da faculdade. Originalmente ele seria um jogo de plataforma de reflexos rápidos onde você controlaria a gravidade. Após pensar um pouco sobre todas as mecânicas relacionadas à gravidade, decidi que fosse um jogo de puzzle.
Depois isso mudei tudo e decidi me focar em temas relacionados a Escher. Foi neste período que chamei Mario Castañeda no projeto, onde ele fez a arte.
- Porque Escher? Alguma razão especifica?
O estilo Escher foi usado por causa da jogabilidade baseada na gravidade. Diversas mecânicas sobre mudar a gravidade e situações envolvendo física são muito boas para alguns dos trabalhos de Escher.
Um deles é “Relatividade”, onde as pessoas existem na mesma sala em diversas dimensões de gravidade. Isto levou a outra mecânica relacionada a ele, como andar por construções supostamente impossíveis. Foi nesse ponto que contratei Castañeda.
- Creio que não deve ser nada fácil desenvolver um jogo de puzzle. Que tipos de jogos neste gênero você acredita que faltam no mercado?
Esta é uma pergunta difícil. Se pudesse responder que tipo de jogo preenche perfeitamente algum nicho deste mercado, eu o desenvolveria.Boa parte dos puzzle games de hoje em dia parecem ser comparáveis um com o outro, mas com características próprias.
Você por exemplo, poderia descrever que The Bridge é similar ao Braid, mas com um estilo focado em M. C. Escher. Não é completamente inovador, mas único o suficiente para ser interessante no mercado.
- Você joga em consoles? Se sim, qual é a sua opinião sobre a próxima geração?
Atualmente jogo muito mais frequentemente no PC, mas de vez em quando jogo no console, gosto da sensação relaxante de ter um controle em minhas mãos e sentar em meu sofá. Em relação a próxima geração, meu medo é que as fabricantes invistam demais em hardware e interface que não será realmente interessante para os desenvolvedores.
Como um game designer, eu me sinto bem com o modelo que é tipicamente implementado no PC. Apesar de achar interessante poder usar seu corpo, voz, touch ou um sensor para interagir, o gameplay de jogos que utilizam tais tecnologias, porém, parecem forcados.
É possível que as fabricantes estejam no caminho errado para facilitar a criação de jogos genuinamente únicos e interessantes.
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