Quando joguei State of Decay, senti que poderia ser muito mais do que já era, pelo menos para quem quer re-jogar e não quer passar pela história novamente. Fico feliz em dizer que State of Decay – Breakdown conserta boa parte de meus problemas com o título.
Ao contrário da campanha principal, State of Decay Breakdown te joga no mundo sozinho. Você tem de achar uma base para se situar, a melhorar, encontrar novos sobreviventes e mantimentos para lutar contra a horda de zumbis.
Não tem nada de tutorial, nada de dicas, nada para te ajudar a começar. Tem de botar a cara a tapa e torcer para que tudo dê certo no final. Isso era o que tanto faltava em State of Decay, a sensação de desespero, de que estávamos realmente em um suposto “apocalipse zumbi”.
Senti que houveram mudanças também no sistema de loot. Agora as chances de obter itens que não sejam tão necessários, como medicamentos que já tenha, foi diminuído. Em contrapartida, os locais de loot estão mais protegidos por zumbis por toda parte.
Caso esteja acostumado com os zumbis fáceis, pense duas vezes agora. Eles não só estão mais irritantes, mais difíceis como em maior número. Houveram momentos onde tive de defender contra quatro, cinco, seis hordas vindo em direção a minha base e mal tinha mantimentos para passar mais um dia.
Outra grande adição de State of Decay Breakdown são os heróis. Esses, são sobreviventes especiais que ficam disponíveis após o jogador completar certos feitos, como matar uma quantidade específica de zumbis. Ao completar, o jogador receberá uma missão nova para resgatar esse herói e trazê-lo de volta para sua base.
Os heróis contam com armas especiais, além de possuírem mais força e habilidades superiores em relação a seus sobreviventes. Alguns deles podem oferecer até veículos mais potentes do que encontrados no mapa, que já são pouquíssimos em State of Decay Breakdown. Ao começar uma nova partida, você pode optar por já jogar com esse herói.
Há quem diga que as mecânicas de State of Decay começam a enjoar com o tempo. Em partes concordo, depois de umas dez horas de jogo, eu já havia visto tudo o que poderia ver em Breakdown, mas ele não custará tão caro quanto o jogo-base, então acho válido. A campanha de Call of Duty – Ghosts me deu 4 horas de diversão e teria me custado R$ 109,99.
Agora deve estar se perguntando, mas Breakdown tem fim? Em partes. O objetivo principal é encontrar um RV ou um micro-ônibus para fugir. Esse fugir significa que você levará seus sobreviventes para uma “nova” área, com ainda mais zumbis e menos recursos.
As novas áreas aumentam a dificuldade dos zumbis gradativamente, cheguei até a quarta, onde não aguentei mais, perdi muitos sobreviventes, heróis e não tinha mais mantimentos para sequer dar um passo para fora da minha base sem ser trucidado.
Infelizmente, essas “novas áreas” são exatamente a mesma área original do título, só que com recursos posicionados de uma nova forma. Não digo que é algo ruim, mas depois de fugir umas três ou quatro vezes, ver o mesmo mapa cansa um tanto.
Espero que em um próximo DLC, isso seja corrigido com um novo mapa, ou quem sabe em State of Decay 2.
Para a parte técnica, State of Decay Breakdown já traz melhorias para State of Decay por meio de uma atualização gratuita. A principal delas é poder mudar a configuração do teclado. Para quem tentou jogar a versão original, sabe que os controles não faziam muito sentido e dava um trabalhão aprende-los. Felizmente, isso já foi consertado.
Outro ponto que senti uma melhora considerável foi em sua taxa de quadros por segundo, o famoso FPS. Não sei se foi algum update recém lançado, mas State of Decay Breakdown se portou muito melhor do que quando fiz a review da versão original.
State of Decay Breakdown faz jus ao que promete. Quer zumbis mais difíceis? Jogar até cansar os dedos? Terá. Não renova muito para quem já se cansou de State of Decay, mas com certeza diverte demais. Recomendo e muito para quem quer mais um motivo para matar zumbis, coletar suprimentos e defender a sua base.
A análise foi feita com base em uma cópia enviada pela Undead Labs