Eu ainda estou em dúvida se Ruinarch da Maccima Games é uma péssima ou hilaria ideia. A demo que joguei durante o Steam Game Festival mostrava um jogo promissor mas que parecia não ter uma boa direção. Me pergunto se agora que um tempo se passou e agora tem data para entrar em early Access — 23 de agosto por US$19,99 — isto tenha mudado.
Para quem não conhece, a premissa base de Ruinarch é que você é um vilão – uma entidade demoníaca – e deve espalhar o caos por diversos vilarejos. Você pode atingir esse objetivo de múltiplas formas, seja por meio de monstros, seja causando discórdia entre os moradores, destruindo suas plantações, os envenenando ou os transformando em zumbis.
Tudo soa bem familiar para quem já jogou jogos como KeeperRL ou Rimworld já que Ruinarch bebe de ambas as fontes: ênfase em dar ao jogador ferramentas para gerar sua própria narrativa e ser um “vilão”.
O problema que vi na demo é que a maioria das ações mais pareciam que você era um gigantesco fofoqueiro que causava discórdia entre casais do que algo perto de Dungeons III ou do clássico Dungeon Keeper. Nada de guerreiros, heróis ou coisas do tipo. Acabava que você se sentia poderoso demais e não havia ninguém para te impedir.
De acordo com a Maccima Games o período de acesso antecipado de Ruinarch — previsto para um ano no mínimo — vai servir para introduzir essas e outras mecânicas. A desenvolvedora vai usar esse período para coletar “feedback” dos arquétipos de vilões presentes no jogo, quais as áreas que merecem maior ou menor atenção.
Acredito que a área mais promissora do jogo é o recém-mencionado sistema de facções. Em suma vilarejos podem criar as suas facções e enviar guerreiros para destruir suas edificações e monstros. Caso a Maccima Games acerte a mão nesta mecânica, Ruinarch pode gerar umas histórias no mínimo interessantes. Espere por nossas primeiras impressões em breve.