Como já é de praxe todo ano, a Slitherine e a Matrix Games apresentaram nesta semana via uma transmissão no Twitch o Home of Wargamers 2022 — que inclui alguns dos jogos que estão por vir nos próximos meses. Dentre eles estão o primeiro gameplay de “Rule the Waves 3”, o anúncio de um DLC para o wargame “Shadow Empire” e uma entrevista com a equipe de “Flashpoint Campaigns: Southern Storm”.
O mais interessante para mim, é claro, foi Rule the Waves 3. Embora não seja um imenso exemplo de “visuais” já que boa parte da interface mais parece uma planilha gigantesca de Excel, a sequência expandirá o período de 1950 para 1970. Isto inclui novos tipos de armamentos, aviões e a introdução de porta-aviões mais poderosos. Por exemplo, o porta aviões da classe Nimitz dos EUA entrou em produção em 1970. Ainda não se sabe se um similar estará no jogo, mas nada impede de que isso aconteça.
Outro ponto interessantíssimo foi a entrevista com o desenvolvedor de “Flashpoint Campaigns: Southern Storm”. Além das melhorias visuais para maior clareza e identificação das unidades, ele confirmou que a nova sequência permitirá que um cenário tenha múltiplas nações combatendo entre si.
Outro ponto importante é a introdução de ainda mais realismo para o game (como se ele não fosse realista o suficiente). Agora engenheiros irão demorar um número específico de turnos para construir pontes temporárias para que os seus tanques ou outros veículos consigam atravessar rios. Tal elemento se interliga muito bem com o conceito principal de “Flashpoint Campaigns: Southern Storm” – que unidades demoram não só para receber as ordens como executá-las. Eu já estou com medo do tamanho do manual deste jogo.
“War in the East 2: Steel Inferno”, que já foi mencionado aqui no site e está previsto para novembro, teve mais cenários divulgados e o lead designer Joel Billings apresentou certos eventos que podem ocorrer de acordo com o avanço das suas tropas. Até onde eu vi, “Steel Inferno” é um pouco “mais do mesmo”, o que não é ruim considerando que “War in the East 2” permanece como um dos mais densos e complexos wargames no mercado.
Agora, um que me pegou de surpresa foi “Modern Naval Warfare”. Apesar da entrevista relativamente curta, como pode ser vista abaixo, a complexidade dos sistemas representados em um submarino é estonteante. O sistema de sonar por si só já é mais complexo do que a maioria dos jogos lançados nos últimos 10 anos. A última vez que eu vi um jogo com tamanho realismo foi Dangerous Waters e olha que isso é um feito e tanto. O jogo entrará em beta no primeiro trimestre de 2023, então não espere um lançamento tão cedo.
Já Shadow Empire – outro favorito meu – teve o DLC “Oceania” anunciado. Como o nome implica, ele introduz planetas com oceanos e unidades marítimas. Pela natureza “4X” do jogo, isso também permitirá ao jogador estabelecer rotas comerciais marítimas. Entretanto, não sei o quanto isso é viável já que toda vez que eu tento jogá-lo, eu entro em guerra com todo mundo e acabo perdendo a partida. O DLC também não tem data para sair, mas aparenta estar em um estágio bem avançado.
Por fim, o Home of Wargamers 2022 também mencionou o DLC “Falklands” para Command Modern Operations — também sem data para sair. Ao que dá a entender, ele será mais do que um mero DLC e quase uma expansão para o game com a inclusão de novos sistemas e unidades que anteriormente não estavam presentes no jogo. Ele será composto de 13 cenários e 3 cenários bônus com perspectivas anistóricas acerca do fim do conflito.
Estou torcendo bastante que o “em breve” de “Flashpoint Campaigns: Southern Storm” seja de fato em breve mesmo, pois tudo apresentado nele foi fantástico e como um dos poucos jogos capazes de representar a demora de comunicação entre o comando central e as tropas, ainda é um dos wargames mais “únicos” que eu já tive a oportunidade de jogar.
Veja a transmissão inteira e mais imagens dos games abaixo: