A gloriosa operação Barbarossa, codinome para a invasão alemã na Russia é o palco de Black Turn, o mais novo DLC de Unity of Command.
Dividido em três setores, North, center e South, Black Turn é uma recriação fiel de como os temorosos dias de 1941 em diante se desenrolaram para o exército alemão.
Seguindo com a tradição da franquia, toda ação se desenrola em um tabuleiro, com os batalhões identificados com ícones. O grande trunfo do título em si é como isso é traduzido para o jogador de maneira simples.
Basta olhar no mapa que saberás quais unidades possuem divisões de blindados, que contam com engenheiros, anti-tanques, equipes de reconhecimento e por aí vai.
Muitos novatos acabam por se perder dado a muitos títulos do gênero usarem da nomenclatura usada pela NATO para determinar os batalhões, divisões e unidades. Se encaixa nesse contexto? Então recomendo fortemente testar Unity of Command, que todos os seus problemas irão embora.
Se conheces wargames ou não wargames, não importa, Unity of Command continua a ser extremamente simples de se compreender para os novatos, mas Black turn pode não ser o melhor ponto de partida nesse caso.
As missões de Black Turn continuam a girar em torno de conquistar territórios ou cidades. Ao contrário do DLC anterior ou a campanha principal, saber gerenciar as suas unidades tem um efeito muito maior dessa vez.
Muitas das missões se desenrolaram em eu não ter turnos suficientes para chegar a alguma cidade, ao invés de completa destruição pelas forças russas. Como falamos do meio da Blitzkrieg, as forças alemãs em Black Turn contam com muitos mais unidades do que as russas, como elas contrabalanceiam isso? IA.
A IA de Black Turn parece ser superior ao de Unity of Command no geral. Ela tenta te segurar o máximo possível, interromper sua movimentação, cortar suas linhas de suprimento e por aí vai.
Nesse caso, a palavra-chave é sabre quando movimentar as suas unidades e quais devem atacar primeiro. Notei que as unidades motorizadas eram essenciais para o controle de províncias nos primeiros turnos, para que pudesse reagrupar as minhas tropas e avançar para os objetivos finais.
Você perdeu um cenário? Não se preocupe, acontece com todos nós. Para lhe fazer sentir melhor, Black Turn conta com o cenário semi-histórico do avanço a moscou. Caso consiga ganhar, ainda existirão dois cenários adicionais sobre como teria se desenrolado a guerra.
Digo caso, pois nas minhas 20 e tantas tentativas não consegui sequer imaginar como esse cenário consegue ser resolvido. Tentei todas as minhas táticas e nada pareceu surtir efeito.
Mas para os veteranos, aqueles que jogaram Unity of Command, tentaram milhões de táticas, estão cansados do jogo, Black Turn pode não ser nada especial. Ainda é tecnicamente mais do mesmo, com apenas cenários adicionais.
Na parte técnica, Unity of Command – Black Turn retém a maravilhosa estética a qual a série é conhecida, junto com sua trilha sonora e sua interface intuitiva. Ainda considero o loading das partidas mais longo do que deveria, mas não é algo que incomoda.
Por fim, Unity of Command – Black Turn é uma ótima adição ao game. Pode parecer mais do mesmo, mas os cenários são interessantes o suficiente para garantir mais uma jogada e quem sabe, ganhar algum.
Torço agora para que a 2×2 agora se foque em outro wargame e que seja tão bom quanto Unity of Command. Não sei se no mesmo estilo de jogo, mas a empresa tem um potencial altíssimo para dar uma revigorada, principalmente quando o quesito é interface, nos wargames do mercado.
A análise foi feita com base em uma cópia enviada pela 2×2 Games