The Incredible Adventures of Van Helsing já está presente numa quantidade surpreendente de contas do Steam. O action-rpg cativou os fãs do gênero após pouquíssimo tempo. Não é pra menos, muitas características de fato chamam a atenção e tornam o título algo único.
Você é o filho de Abraham Van Helsing. Sua tarefa é trazer algum balanço à terra sombria de Borgovia, situada num ambiente do século XIX que apresenta um toque sutil de steam punk. Esse mundo é bem diferente daqueles jogos também criados no ocidente, como Diablo ou Torchlight, que acontecem em um cenário composto pelas visões modernas de fantasia clássica.
Armas, vapor e equipamentos que se encontram dentro de uma fronteira incerta entre a ciência e a mágica são a essência do mundo de Van Helsing. A arte característica ajuda a tornar o ambiente macabro.
São poucos jogos que vemos utilizar o elemento Steampunk de maneira tão boa quanto Van Helsing, talvez pela escassez de títulos no mercado, talvez pois ele simplesmente se encaixa nesse mundo.
Similar a Diablo III ou Torchlight, temos Lady Katarina, que funciona como se fosse um pet seu. Ela pode levar os itens que não queres para vender na cidade, servir como um “tank” para inimigos mais poderosos e até mesmo te curar.
Assim como Helsing, ela também conta com a sua própria arvore de habilidades. Essas, variam de ofensivas e defensivas. Katarina pode aumentar a defesa do protagonista, o curar, aumentar a mana ou o Rage com habilidades passivas.
Alguns de seus equipamentos também podem ser usados por Katarina, o que ajuda e muito na hora de decidir como quer cria-la.
Simplicidade também compõe uma das mecânicas mais essenciais ao gênero. O conceito de clicar em coisas repetidamente pode ser utilizado para resumir o combate de Van Helsing, mas essa linha de pensamento oculta a complexidade por trás de ideias triviais.
Existe uma gama sólida de opções para os botões do seu mouse, as habilidades podem ser alteradas através de atalhos e funcionam melhor se sintonizadas com as de sua companheira, sendo que ambos podem atacar tanto de perto quanto à distância. Tudo isso é sustentado por poções que são tão consumidas quanto oxigênio.
Assim como seu personagem, as armas possuem árvores de habilidades e evoluções, o que não agrada a todos. A alta personalização também dá margem para erros. E sim, estou falando daqueles pontos que são ganhos de acordo com a experiência e adoram dar errado. Mas não se preocupe, nada que algum dinheiro não reverta.
Muitos podem ficar surpresos quando o jogo introduzir fatores de tower defense após algum tempo. Não chega a ser um desafio enorme, mas certamente cumpre o seu papel de entreter.
Graficamente, The Incredible Adventures of Van Helsing é um título agradável aos olhos, principalmente para uma empresa que anteriormente havia se focado quase que exclusivamente a jogos de estratégia, mas nada que podemos dizer que é inovador.
Infelizmente, como todo action-rpg, o título também tem as suas fraquezas. Dentre elas estão a falta de mapas randômicos, o que ocorre tipicamente no gênero. Isso é agravado com o fato que todas as dificuldades estão liberadas.
Pode soar estranho, mas ter uma única dificuldade e liberar as outras de pouco em pouco é muito importante. Foram incontáveis vezes que terminei Diablo III ou Path of Exile, enquanto Van Helsing ou Torchlight eu terminei apenas uma vez já que não tinha aquela sensação de ter algo mais a fazer.
Em segundo, é a falta de um bom “feedback” quando se acerta os monstros. Isso é um pouco atrelado a animação feita pela empresa, já que a mesma falta um pouco de polimento, não é algo que incomoda mas é recomendável aprimorá-la em uma futura sequência.
Por fim, é a limitação de apenas uma classe. Claro que, Van Helsing tem um grande leque de habilidades, mas a falta de um mago, druida, ou qualquer coisa pode afugentar um pouco daqueles que não gostam de personagens que usam armas ou espadas.
Se unirmos isso ao fato que o ambiente Steampunk traz muito espaço para experimentação, como podemos ver em títulos mais antigos, como a Arcanum, parece uma oportunidade desperdiçada.
Se quiser se aventurar com um companheiro humano ao invés da inteligência artificial de Lady Katarina, fique à vontade. O Multiplayer sempre esteve presente em action RPG’s, e esse caso não poderia ser diferente.
The Incredible Adventures of Van Helsing não chega a inovar, mas sem dúvidas pode ser responsável por ocupar um fã de jogos durante várias horas.
A mecânica fácil de aprender e difícil de dominar garante que o título forneça diversão em uma quantidade tipicamente encontrada nos jogos do momento, cabe unicamente aos gostos do leitor definir se esse é o seu tipo de jogo ou não.
A análise foi feita com base em uma cópia enviada pela Neocore Games