O que acontece quando misturam um tema que eu amo, Segunda Guerra Mundial, com um que eu odeio, zumbis? Temos Sniper Elite: Nazi Zombie Army!
Quando iniciei pela primeira vez, tinha todos os pré-conceitos do universo. Considero zumbis uma temática usada ao extremo pelas desenvolvedoras, assim como a Segunda Guerra Mundial. Em segundo plano está um jogo feito com o coop em mente, onde já pensei “não vai ter conteúdo algum para mim”.
A história em Nazi Zombie Army é praticamente inexistente. Como visto em trailers, a arma secreta de Hitler para vencer a guerra eram zumbis. Foi até aí que consegui compreender algo, depois disso qualquer pedaço de informação era dado no início de cada missão na forma de: “Vá a tal lugar e faça tal coisa”.
Tudo bem, eu realmente não esperava muita história, mas não a esse ponto. Até Left 4 Dead deixa um pouco de informação pelo cenário, seja nas paredes, na conversas dos personagens, enfim. Algo para que o jogador se sinta intrigado por aquele mundo. Nesse caso, não há nada. Como os zumbis foram criados? Por quem? De que forma?
Foi assim que passei a campanha, com uma sensação de não entender nada, meio sem razão de continuar por este ponto, mas foi o gameplay que me fez seguir em frente.
Todas as mecânicas do título o qual foi baseado foram transpostas para essa expansão. Pode esperar portanto, a aclamada X-Ray cam e a sensação de impacto quando um tiro acerta o seu alvo. Misture isso a uma linha de zumbis vindo em sua direção e temos diversão!
Durante as cinco missões, foi aquela sensação de mais-do-mesmo misturado com um “é divertido, porém”. A estrutura das fases é extremamente básica e linear. Você vai do ponto A ao B, às vezes tem de sobreviver a alguma onda de zumbis, mata um chefão e repete tudo na próxima fase.
Como havia dito acima, não é algo que terás muita diversão caso jogue no modo single player. A não ser que coloque em dificuldades altas, o que torna extremamente frustrante. Você se encontrará entediado em questão de minutos.
Essa frustração é menor quando se joga em coop, mas não deixa de se manter incrivelmente tenso. Alguns momentos achei que não conseguiríamos passar de uma parte especifica pela quantidade absurda de zumbis na tela, mas de algum jeito triunfávamos.
Uma das partes mais marcantes foram enquanto nos protegíamos dentro de uma igreja contra a horda de zumbis que vinha em nossa direção (clichê, não é?). Uma hora dois zumbis especiais (carregando metralhadoras MG42) começaram a subir as escadas, estávamos com pouca munição e granadas. Tinha apenas mais 12 tiros na minha M1-Garand.
Foi quando faltavam dois tiros que o último disparo acertou a cabeça de um deles e a estorou em um milhão de pedacinhos. Essa é a sensação de tensão que você terá ao jogar Nazi Zombie Army.
Tecnicamente ele tem seus pontos fortes e fracos. A modelagem dos personagens é detalhada, enquanto o cenário peca em alguns pontos. Algo que senti que combinou muito bem com o tema foi a forma que a Rebellion usou as cores para criar a ambientação das cidades.
Não é o seu típico “vamos deixar tudo escuro”, mas também não é “cores vibrantes e está tudo muito lindo”. É uma sensação de destruição, com uma forte ênfase no vermelho, um estilo de filme desgastado.
Outro ponto forte é a sua trilha sonora. Trilha sonora em um jogo de zumbi? Pois é. Ela caiu perfeitamente no tema. Como não sou um expert, deixo aqui um link para vocês a julgarem por si mesmos.
Por fim, quais são as chances de você jogar novamente daqui a algumas semanas? Não vejo muito motivo de jogar novamente Nazi Zombie Army após terminado sua campanha. Se você a fez com amigos, podem caçar os achievements, que não são difíceis de fazer.
Por ser vendido a 24 reais, ter uma duração média de cinco a seis horas, não vejo o porquê você deixar isso de lado. Aproveite e chame os amigos também.
A análise foi feita com base em uma cópia enviada pela Rebellion