Quase um ano após seu lançamento, ShadowRun Returns recebe Dragonfall, a sua primeira expansão, que promete ser mais aberta e mais variada que Dead Man’s Switch. Ela consegue? Em partes.
Quem lê isso pensa que a campanha original do game era ruim, muito pelo contrário. Apenas era linear demais e talvez não tão próximo da fórmula original de Shadowrun.
Dragonfall muda muito disso. A trama se desenrola em Berlin, onde após um trabalho não dar certo, você e sua equipe acabam se envolvendo em uma trama que ameaça toda a humanidade.
Senti muito mais afinidade e carisma entre os personagens de que em Dead Man’s Switch. Parte disso vem que sua equipe é formada por NPCs que já tem um background formado, além de personalidade própria.
A forma que a Harebrained Schemes descreve os eventos é algo espetacular. Te prende, te envolve e detalha muito bem isso.
Em Dragonfall, o combate se mantem muito do mesmo, apesar de alguns sistemas terem sido refinados ou balanceados. Infelizmente ainda existem algumas coisas que paro para pensar: “por que existe?”.
No geral, ainda é uma parte que não me interessa tanto. Tudo bem, ele ainda é uma ótima cópia do que temos em XCOM Enemy Unknown, mas sem toda a tensão da série.
Com uma nova cidade a se explorar, temos também novos locais, ainda mais variados. A estética de Dragonfall no geral me apeteceu, apesar de ainda continuar demais com aquela cara de “jogo mobile” para o meu gosto. Não posso reclamar muito, estou mais feliz de termos um novo ShadowRun do que qualquer outra coisa.
Muitas das melhorias técnicas de Dragonfall também são aplicadas no jogo base, como é a habilidade de se salvar em qualquer lugar. Adicionado no patch 1.2, essa funcionalidade aprimora consideravelmente a experiência.
Em contrapartida, agora é muito mais fácil “quebrar” a dificuldade, já que se pode muito bem salvar antes de um boss ou alguma decisão difícil.
Você tem receio de comprar DragonFall devido ao seu preço? Não faça isso, ele no geral ainda consegue ser um ShadowRun que todos nós queremos. Se gostas de Cyberpunk, ação, exploração, uma ótima história e elementos de RPG que são pelo menos interessantes; vá fundo.
A análise foi feita com base em uma cópia enviada pela Harebrained Schemes