Vamos deixar uma coisa clara de cara, eu tento gostar muito de Tower Defense. Diferente da minha namorada, poucos me agradam. Prime World: Defenders é um desses casos.
Assim como todo game do gênero, as coisas demoram um pouco demais para engrenar. As primeiras fases são como um grande tutorial. Lentas, sem graça e com pouco desafio.
Após 30 minutos de jogo a coisa fica séria, a dificuldade aumenta consideravelmente. Acredite, uma hora você irá perder.
O conceito básico continua como sempre, você tem um ponto importante e tem de defender de ondas seguidas dos mais variados inimigos. Simples o suficiente, né?
Similar a Plants vs Zombies, você tem uma quantidade limitada de cartas que pode levar para a batalha. Desta vez, há também uma limitação para quantas pode manter no inventário. Como resolver esse problema? Por meio da fusão e evolução de cartas.
Sim, fusão e evolução de cartas é como o metagame base de Prime World Defenders. Com ele é possível evoluir cartas de 15 até 25 vezes, tudo varia do estilo da carta.
Chegará em um momento que a sua quantidade ou potência de cartas será menor do que as necessárias para avançar. Como resolver isso? Se você respondeu grind, estás certo.
Pelo o que fui informado, a versão que jogamos de Prime World: Defenders já conta com melhorias no sistema de grind, entenda isso como “agora dói menos para ficar jogando a fase repetidamente em busca de cartas.”
Eu fico mais do que feliz em realizar a fase mais de uma vez em um jogo freemium, Free-to-Play ou afins. Em um jogo onde eu supostamente teria gasto R$ 16,79, são outros quinhentos.
Entendo que isso é feito para também aumentar sua longevidade, mas creio que há melhores maneiras de alcançar esse objetivo. A empresa poderia ter optado por um modo online, como tem feito outros tower Defenses mais recentes (Anomaly 2, Tower Wars), desafios ou até mesmo uma campanha mais longa.
Estes momentos me lembraram o quão massacrante era ver a Melissa jogando um tower defense no tablet dela, que, por ser freemium forçava você a completar missões e desafios diversas vezes.
Na parte técnica, Prime World Defenders cumpre o seu dever de casa em partes. Os seus gráficos são o que se espera de um tower defense. Bonitos, mas não se revelam nada de especial, o mesmo pode ser dito da parte sonora.
Após algumas horas de jogo, achei por melhor colocar alguma rádio do TuneIn Radio para não morrer de tanto tédio com a música.
O que doeu no meu coração mesmo foi o menu de opções. Não há nada, absolutamente nada que pode ser feito para refinar os gráficos de acordo com o seu computador.
No meu caso, isso não foi problema, agora imagine aquelas pessoas que não tem um PC potente e ainda querem jogar? Não rola, né feras.
Eu diria que a Nival tem uma ótima franquia na mão, Prime World: Defenders, junto com seu MOBA Prime World tem um grande potencial para se expandir além da Rússia.
Se você for um aficionado por Tower Defense e tens 16 reais sobrando, porque não? Saiba que precisará de um computador não tão modesto e enfrentará uma quantidade considerável de grind nas fases finais.
A análise foi feita com base em uma cópia enviada pela Nival