A primeira vista, Nidhogg parece ser a coisa mais bizarra que já viu na sua vida. Bonecos que parecem ter saído de um Atari 2600, uma música bizarra e por aí vai. Saiba, porém, que é um dos jogos mais interessantes do início de 2014.
Com esse nome bizarro, Nidhogg te coloca em uma arena onde você tem o controle de um espadachim. Seu objetivo? Matar seu oponente e chegar ao final da fase.
História? Nada disso. Cutscenes cinematográficas? Também não. O que temos aqui é o mais puro foco na jogabilidade e acessibilidade para quem não é tão veterano com jogos quanto muitos por aí.
Como apontamos, você começa a partida em um dos quatro cenários com a sua arma em punho. Ao matar o seu oponente, você pode passar para a próxima área, onde ele estará lá novamente lhe esperando para outro combate.
Soa simples demais, não é mesmo? O que Nidhogg tem para lhe fazer investir R$ 15? Seu sistema de combate.
Com apenas dois botões, ele consegue ter mais profundidade e complexidade do que muitos títulos por aí. Um deles você pula, o outro você ataca. O controle de sua espada depende de seu posicionamento das setas do teclado.
Mova sua espada um pouco para cima e você conseguirá atacar o pescoço ou a cabeça do oponente. Ponha-a para baixo e focarás no corpo.
Ao descrever assim, parece ser algo lento, mas Nidhogg é tão frenético que mal dá tempo para pensar aonde acertar direito.
Em questão de segundos você tenta atacar o oponente, sua espada bate na dele, você é desarmado, enquanto tenta rolar para obter a sua espada de volta, o oponente já te esfaqueou e você perdeu a luta.
É por causa disso que me senti obrigado a jogar mais e mais de Nidhogg. A cada embate você tenta buscar uma nova estratégia para acertar o golpe que decidirá uma partida.
No total temos quatro fases, cada uma com sua temática e desafios para o combate, ponto muito importante a ser lembrado.
Por exemplo, na fase “Clouds”, os jogadores lutam em cima das nuvens. Você pode se esconder no meio delas, enquanto passarelas podem durar pouco tempo e desaparecerem diante de seus pés.
Já a fase Wilds oferece proteção e furtividade caso o jogador opte por se esconder no meio da grama. Durante uma partida online um cara foi esperto de fazer isso, resultado? Acabei tomando uma espadada na cara e nem sei de onde veio.
Os gráficos são peculiares, eu concordo, mas se encaixam na proposta do jogo, ser exagerado. Quando o personagem morre, rios de sangue (laranjas ou amarelos) pintam o cenário, o céu tem um rosa com azul com mil outras tonalidades, etc.
Há quem possa dizer “mas os gráficos não são evoluídos ou algo”. Não importa no caso de Nidhogg. Gráficos poderiam até criar uma experiência mais fiel ou mais realista. Mesmo assim a jogabilidade, o grande foco continuaria espetacular.
Ouso até dizer que, se não fossem pelos gráficos simplórios, não teríamos tanta versatilidade nos comandos como temos nele.
Nidhogg poderia ser melhor em apenas um ponto, seu componente online. Apesar de funcional, ele tem muitos problemas de conexão. O matchmaking funciona mais ou menos, durante partidas encontrei picos de lag e não dá para ver o ping corretamente.
Pelo o que vi, desde seu lançamento ele já recebeu três atualizações, ou seja, o desenvolvedor está a par dos problemas e busca resolvê-los o quanto antes.
Quem não quer passar por essa dor de cabeça, ainda tem a opção de jogar localmente contra um oponente ou entrar em um torneio para até oito pessoas. Por ter suporte a controles, tem cara de ser aqueles jogos perfeitos para um sábado à noite com amigos em casa.
A análise foi feita com base em uma cópia enviada pela Messhof