Montague’s Mount é um adventure que pode lhe causar duas coisas: Loucura ou desgosto. Com um protagonista que não se lembra nem seu próprio nome, seu personagem acorda em uma ilha estranha, sem conseguir andar direito, você deverá descobrir quais segredos essa ilha guarda.
No papel, tudo isso soa interessante, até mesmo um pouco sombrio, né? Pois é…. No papel.
Veja bem, Montague’s Mount não é um título ruim, mas tem tanto potencial mal utilizado que nem mesmo mil palavras conseguiriam descrever. Tudo começa com a sua estética. Ela é bela nas fotos, mas o uso constante de efeitos de pós processamento deixa a imagem feia, suja e muito difícil de enxergar qualquer coisa.
Um exemplo que posso citar é a área inicial. Supostamente teria de pegar um item. Lá estava meu personagem, a andar ultra lento. Fiquei uns 10 minutos para achar o item. O motivo? Ele era praticamente da mesma cor da areia, que já era escura, chovia e era de noite. Coisas como essa se estendem para toda a jornada, uma hora cansa.
Isso prejudica quase todo os quebra cabeças, como eles já não fossem complicados o suficiente para resolver. Não me lembro qual especificamente, mas eu quase não consegui passar pois não enxergava as letras.
Relacionado a isso chegamos em todo o aspecto da animação. O seu personagem anda lento, tudo bem, faz parte da trama, mas ele anda lento demais para qualquer pessoa com a mínima paciência. Ele manca? Compreensível, mas não o faça andar extremamente lento, não falamos de um simulador aqui.
Em conjunto com isso, quase todos os itens que achar, são pequenos ou estão meio obscuros nos caminhos da ilha. Não esperava moleza, claro, mas também não um jogo de hidden object onde aqueles que não tem uma visão tão privilegiada se dão mal.
Felizmente boa parte dos problemas para por aí. Apesar da animação lenta, os controles respondem muito bem e a narrativa é sensacional.
Aliás, toda a trama de Montague’s Mount é muito bem feita, você sente o desejo de explorar mais da ilha, descobrir seus mistérios. Em conjunto, temos um ator que se encaixa perfeitamente em todo o aspecto “gálico” da coisa, região onde a ilha supostamente se encontra.
Outro ponto positivo, nesse caso para quem tem Oculus Rift, é o suporte de Montague’s Mount a ele. Deve ser algo de outro mundo jogar esse adventure com o periférico. Infelizmente, não o possuo e não pude testar.
Caso goste muito, mas muito mesmo de puzzle games ou de uma narrativa diferenciada, recomendamos Montague’s Mount. Saiba de cara, que terá de aguentar horas de caminhada, puzzles confusos, efeitos que dificultam a diversão. Quem sabe, no fundo, bem lá no fundo, você encontre um game divertido e interessante.
A análise foi feita com base em uma cópia enviada pela Polypusher Studios