Jogos cooperativos começam a ser tão comuns quanto roguelikes, shooters e outros gêneros. Forced, no entanto, tem o suficiente para se destacar entre outros e ter se tornado algo interessante para mim. Pelo menos, de início.
Forced lhe oferece quatro classes diferentes baseados em armas: duas adagas, um machado, um escudo ou uma flecha. Graças ao bom senhor Bafomé você pode alterar sua classe a qualquer momento antes de uma missão da campanha começar.
A campanha tecnicamente não é uma campanha. É mais um um conjunto de desafios separado por áreas. Cada uma delas introduz uma mecânica diferente ou oferece um desafio variado o suficiente para não se sentir jogar mais do mesmo.
O problema é caso jogue solo. Forced é incrivelmente desbalanceado para se jogar sozinho. Quando se joga com amigos, caso morra, outro personagem pode se defender até você se ressucitar. Isso demora em torno de 30 segundos.
Sozinho, isso não existe, morreu, tem de recomeçar o mapa todo denovo. As primeiras fases não apresentam um desafio considerável para você parar para reparar nisso, mas basta algumas áreas e você toma na cabeça pesado.
Foram incontáveis arenas que fiquei preso por horas dado a falta de um sistema de checkpoint ou qualquer coisa do gênero.
Ao terminar a missão, você recebe um, dois ou três cristais. Cada um desses permite gastar mais um ponto em suas habilidades. Não é necessário que o jogador tenha todos os cristais de cada fase para poder avançar, mas posso te dar a certeza que ajuda demais.
Além de destruir os inimigos, tens de resolver quebra-cabeças com a ajuda de Balfus, a sua esfera amiguinha. Tal esfera ganha propriedades especiais a passar por certos pontos. Por exemplo, ela pode ganhar propriedades explosivas, curar os jogadores, atordoar os inimigos e por aí vai.
No papel, Balfus seria uma ajuda interessante, mas não funciona muito bem, ainda mais quando se tem de defender contra inimigos ou chefões. No caso do teclado, você tem que apertar a barra de espaço toda vez que ela se mude para de local ou segurar para que ela se acople em você.
Com tudo acontecendo na tela, me explodi algumas vezes, perdi quebra cabeças e morri graças a essa esfera maldita. Novamente, isso melhora consideravelmente caso opte por jogar com outras pessoas do que solo.
Durante toda nossa review, falei como é importante jogar cooperativamente Forced, não é mesmo? Aí é que tá. O online não funciona de maneira correta. De quinze partidas, é bem provável que se conecte a uma, falo sério.
Não sei como se encontrará daqui a algumas semanas ou meses, mas um jogo tão focado no coop lançar com uma infraestrutura online tão inconsistente.
Pelo menos esse é apenas um dos dois problemas técnicos que encontramos em Forced. O segundo vem nos controles de mouse e teclado, como apontamos antes na Balfus. Não incomoda, mas é de fato melhor desfrutar do título com um controle do Xbox 360.
Graficamente, Forced é muitíssimo belo tanto esteticamente quanto graficamente. Feito na Unity, é garantia que até que seu PC não seja tão potente, irá rodar muito bem em seu computador. O cenário mantém a mesma variedade dos objetivos, com cenários que mudam de florestas a desertos.
Forced não é um título ruim, muito pelo contrário, ele é bom para o que oferece. Posso não concordar muito sobre como a campanha foi desenvolvida, mas aqueles que buscam um título cooperativo, não poderia deixar de recomendar. Só espere um pouco para que todos os problemas de infraestrutura sejam consertados.
A análise foi feita com base em uma cópia enviada pela BetaDwarf