Exploração, conquista, descobrimento. É disso que falamos em Conquest of Paradise, a mais nova expansão para Europa Universalis IV, que busca adicionar novos elementos para o novo mundo.
A grande novidade está na geração aleatória do novo mundo e melhorias para quem gosta de jogar com as tribos indígenas.
Anteriormente, tínhamos de esperar séculos para que civilizações como os maias ou astecas conseguissem fazer algo mais avançado do que o que existia na época. Quando chegávamos a esse ponto, os espanhóis já estavam em nossa porta e nos dizimavam em questão de meses.
Agora, todas as civilizações presentes no novo mundo ganharam novas arvores de tecnologia e ideias para uma jogabilidade mais interessante. Isso as tornou mais divertidas de jogar? Até certo ponto sim. A diversão ainda não se compara com jogar com uma das grandes potencias da época, apesar de que isso será mais voltado para o gosto da pessoa do que outra coisa.
Infelizmente, alguns eventos foram apenas refeitos para o contexto dos indígenas, ao contrário do que eu esperava. Então pode ser que você veja eventos que envolvam uma tecnologia mais avançada do que você tem um pouco sem contexto. Pode ser que tenha sido um bug.
A geração aleatória do novo mundo, porém, foi a adição que mais gostei. Ao jogar com os portugueses, fui viajar para o novo mundo, acabei em um conjunto de ilhas onde os incas estavam estabelecidos, os dominei e estabeleci minha colônia.
O Brasil? Não tinha ideia de onde tinha ido parar. Talvez estava em uma das ilhas próximas, ou era um continente maior. No fim descobri que era uma colônia espanhola. Foi uma das milhares de bizarrices que eu vi em cada partida.
As colônias europeias, quando grandes o suficiente também se tornam nações coloniais. Algo extremamente interessante caso você queira jogar com um Brasil do período.
Continuando a tradição da Paradox, junto com o Conquest of Paradise, a empresa lançou uma atualização para o título que também coloca algumas novidades para quem não comprou a expansão ainda, como é o caso dos “Protectorates”.
Essa mecânica faz com que você crie uma relação com uma nação tecnologicamente inferior com uma penalidade menor do que conquistar essa nação.
Por exemplo, eu como os portugueses consegui transformar os incas em meu “protectorate”. Ganhei 50% de lucro em suas rotas de trade e não podia formar novas alianças com outros países.
Achei no geral, porém, Conquest of Paradise consideravelmente mais fácil do que as minhas partidas em Europa Universalis IV. Em todas elas consegui não só conquistar os países próximos, como o controle de overextension foi muito mais tranquilo de ser realizado do que anteriormente.
Tecnicamente, Conquest of Paraidise mantem a mesma qualidade do jogo-base. As únicas reais modificações foram a adição de novos ícones de unidades e músicas que podem ser comprados na loja. As usamos para essa review, e considero que colabora bastante com a experiência.
Infelizmente, essa expansão não está livre de bugs, ao contrário dos lançamentos recentes da Paradox. Tive alguns problemas como perda de saves e alguns crashes aleatórios. A empresa apontou que já está ciente de tais problemas e na atualização 1.5 eles serão sanados.
Seja pela geração de continentes, querer jogar com as tribos ou qualquer outra coisa, considero Conquest of Paradise uma ótima adição para Europa Universalis e mais do que essencial para quem gosta do game. Não é cara, modifica consideravelmente as suas mecânicas e acima de tudo tem uma ótima qualidade.
A análise foi feita com base em uma cópia enviada pela Paradox