Desde que comecei a jogar títulos da Paradox, com Hearts of Iron 2, aprende-los sempre foi um problema constante. Mecânicas demais, muitos detalhes que podem passar despercebidos e frustração generalizada. Crusader Kings II vem constantemente em busca de melhorar a experiência para o jogador e Crusader Kings II: Charlemagne é mais uma prova disso. Ele foi lançado em 14 de outubro e se encontra a venda no Steam por R$ 27,99.
A expansão se foca em expandir a duração do jogo, que agora começa a partir de 769DC e conta a história de Carlos Magno e a fundação do Sacro império Romano-Germânico, que durou de 962 a 1806.
Como apontado em outras reviews, a Paradox sempre lança uma grande atualização em conjunto com a expansão. Essa, mudou algumas coisas na interface e tornou a experiência inicial mais agradavel.
Agora, é mais fácil de compreender quais são as eras que você pode iniciar a sua partida, assim como um cenário inicial para aqueles que estão começando em Crusader Kings 2. Isso é de uma ajuda imensa a novos jogadores, levando em conta que não é fácil decidir uma nação para começar e o jogador tinha de recorrer a fórums e guias.
Em conjunto, a história de Carlos Magno também é um ótimo ponto inicial. Apesar de ser jogado em um país muito maior, cheio de conflitos internos e externos que de início parecerão assustadores, os eventos contidos ao longo dos anos são mais “lineares”.
Enquanto em outras nações você tem uma quantidade grande de eventos que ocorrem ao longo dos anos, em Charlemagne é algo mais intimista, você se sente mais conectado com a história e consequentemente aprende mais.
Charlemagne não é apenas mudanças nos eventos ou um pouco mais de história, novas mecânicas foram adicionadas. Agora é possível criar seu próprio reino ou império sem precisar ser obtidas legalmente. A partir do momento que obter terra suficiente, ter pré-requisitos como prestígio e dinheiro, você pode montar o seu pequeno (ou grande) reino.
Claro que existem limitações, como as terras não serem ganhas legitimamente por você por 100 anos e outras peculiaridades.
As nações tribais do período receberam melhorias por meio de uma atualização gratuita. Agora as propriedades tribais possuem características próprias e suas peculiaridades. Um ponto também muito importante para mim, que sentia que tais nações não eram bem exploradas.
Outra mudança trazida pela atualização que veio junto com Crusader Kings II: Charlemagne foi a ligação entre o limite de vassalos e as leis que estão em vigor no seu reino.
Agora existe não só mais uma camada de estratégia como também todo um processo para saber qual o melhor momento de expandir. Quem tem reinos enormes, porém, sofrerá um pouco. Crusader Kings II nunca foi um jogo onde o jogador deve se focar a conquistar o máximo de território.
Ao completar a sua partida, Crusader Kings II: Charlemagne agora mostra uma cronica de sua dinastia, seus feitos, quais territórios conquistou, quase que como uma linha do tempo. É uma ferramenta ótima para aqueles que gostam de fazer AAR (After-Action-Reports) ou se sentir melhor inserido dentro da narrativa do game.
Vi alguns problemas de instabilidade, mas não consegui determinar se o problema é na minha máquina ou no DLC em si. Os últimos DLCs da Paradox tem saido sim com algumas instabilidades, mas são rapidamente corrigidas.
A pergunta que resta é, Crusader Kings II: Charlemagne vale a pena? Se você quer mais tempo de jogo, sim, com certeza.
Mais uma vez a Paradox consegue não prender funcionalidades interessantes atrás de uma barreira de pagamento. Independentemente de você comprá-lo ou não, ainda receberá um conteúdo que vale muito a pena dar uma olhada.
Reviver a história de Carlos Magno é interessantíssimo e me vejo aproveitando o conteúdo dessa expansão bastante nos próximos meses. Você pode comprar o Crusader Kings II: Charlemagne tanto no Steam como na loja da Paradox.
A análise foi feita com base em uma cópia enviada pela Paradox