Seria difícil falar de Strategy RPGs ou games em turnos de 2014 sem falar em 2014. Um dos primeiros casos de sucesso do Kickstarter, pode se dizer que foi um ótimo dinheiro investido.
A História de The Banner saga é contada por diversos lados, onde em cada capítulo você toma o controle de um personagem principal diferente. Com isso, é possível ver os diferentes lados de um mesmo assunto, assim como não enjoar no quesito gameplay.
O elemento da narrativa é possivelmente um dos pontos mais fortes do título. Com uma estrutura similar a The Walking Dead, cada ação que o jogador realiza conta com uma consequência direta ou futura. Algumas delas podem ser catastróficas.
Gostei muito da liberdade que ele te dá em relação a isso. Alguns conflitos podem ser resolvidos com uma boa conversa, enquanto em outros você pode optar apenas por enfiar um murro na cara da pessoa.
No game você controlará diferentes caravanas que trafegam por meio do ambiente gelado da Escandinávia medieval.
Com um jeitão de “Oregon Trail”, durante a jornada ocorrerão diversos eventos, como intrigas, assassinatos ou parte da história se desenrolando. Cabe a você decidir a hora de parar e aonde investir seus suprimentos.
Pode ser que fique em certo ponto com poucos suprimentos, o que diminui a moral de sua caravana. Ao contrário de Oregon Trail, nunca senti que isso pudesse me fazer perder o jogo, mas é uma mecânica interessante no quesito do gerenciamento.
O grande trunfo, ou o principal motivador para que as pessoas vejam The Banner Saga é a sua estética. Feito em 2D, o estilo nórdico e as belíssimas planícies, montanhas e cidades aonde a história se passam são inspiradores.
Não posso deixar de parabenizar também sua trilha sonora, que não apenas se encaixa no tema, como também é deliciosa de se escutar.
O sistema de combate é no mínimo interessante, apesar de não ser o ponto forte do game. Para derrotar os seus inimigos, você terá não somente de diminuir seu HP, como também sua armadura. Quanto mais sua armadura for danificada, maior dano tomará.
É uma troca que garante uma camada a mais de estratégia, afinal você vai dar dano apenas na armadura, ou vai arriscar e não quebra-la?
Infelizmente esse é o máximo de táticas que receberá em The Banner Saga. Não que seja ruim, o jogo continua com seu trunfo na história, mas os eventos entre as conversas acabam por ser tornar maçantes antes mesmo do final.
Ao longo da jornada, o jogador pode encontrar alguns aumentos de dificuldade que posso considerar no mínimo bizarro. Isso ocorre principalmente no último capítulo. Nada te prepara para esse momento, não há uma curva de dificuldade como vemos em outros jogos. É simplesmente ridículo.
Apesar do combate não ser lá aquelas coisas, The Banner Saga oferece uma ótima história e estética. Muitos dos problemas podem ser facilmente corrigidos em uma sequência, sendo assim, torço para que The Banner Saga 2 ocorra.