Existem alguns DLCs que eu olho e falo “Esse valeu a pena”. Golden Realms para Age of Wonders III é um deles. Ele oferece mais conteúdo, novas maneiras de competir e melhorias ao jogo base.
Com apontamos em nosso preview, a grande adição são os Halflings e sua mecânica da sorte. Quando a sua moral estiver alta, ao atacar ou ser atacado você pode gerar um efeito especial de sorte. Ao ser atacado, por exemplo, você não toma dano do oponente. Já ao atacar, pode causar dano adicional.
Moral sempre foi algo importante nas batalhas de Age of Wonders III, já que um exército cuja moral está baixa sofre com menores chances de acertar um ataque, mas os Halflings tornam essa mecânica muito mais interessante.
Ao contrário das outras raças, que são focadas mais na força bruta, os Halflings requerem que o jogador jogue de maneira mais tática, fazendo uso de armadilhas e magias mais constantemente. Boa parte das unidades contam com menos hitpoints que, por exemplo, os humanos.
Meu maior receio era que eles fossem muito fracos para serem jogados no multiplayer, acabou que não são. Quem souber gerenciar de maneira eficiente as suas habilidades poderá dominar o oponente.
A nova campanha que vem com a expansão ainda não oferece algo muito interessante. A história conta a história da união dos Halflings para lutar contra as forças que ameaçam a sua existência. O contexto é até interessante, porém pouco desenvolvido.
Para quem não jogou Age of Wonders III e decidiu comprar o game junto com a expansão, não é recomendável começar essa campanha de cara. Facilmente a mais difícil das três, onde até os veteranos podem se sentir um pouco assustados com o grau de dificuldade.
Aliás, quem achava Age of Wonders III fácil demais, terá uma grande surpresa ao retornar. Com o lançamento da atualização 1.4, a IA ficou muito mais desafiadora. Mesmo nos níveis mais altos, ela não se posicionava tão bem no campo de batalha e fazia pouco uso de habilidades.
Agora a história mudou. Você terá de saber qual a melhor hora de atacar e usar magias que atordoam ou prendem seu oponente para ter sucesso no combate. Tais melhorias também foram vistas no mapa geral, onde a IA tira proveito da nova forma de conquista, os power seals.
Esses locais do mapa quando capturados, geram uma pontuação a cada quantidade específica de turnos. Ao chegar em uma pontuação X ou Y, você ganha a partida. Por exemplo, a primeira nação que chegar a 35 pontos ganha a partida.
Quem joga os cenários aleatórios no single já vai sentir uma diferença, no multiplayer a coisa fica mais acirrada ainda. Em uma partida com outros três jogadores esses Seals of Power ficaram trocando de mão praticamente a cada turno. A partida que foi feita em um mapa grande durou cerca de 10 horas e acabou com todos aniquilados.
Como havia apontado anteriormente no preview, Seals of Power adiciona um dinamismo impressionante a Age of Wonders III, o que sentia que faltava.
Infelizmente, a parte de construção da suas cidades ainda deixa a desejar. Você não pode realmente interferir na vida de cada cidade, como em Civilization. Eles parecem estar lá apenas para desovar unidades.
Golden Realms dá uma melhorada nesse aspecto com a adição das Empire Quests e Majestic Upgrades. Essas quests oferecem estruturas únicas para as suas cidades e lhe dão uma vantagem considerável. Ainda assim, isso ajuda nos combates, não em tornar a experiência de expandir o seu império mais interessante.
As duas últimas adições são especializações em Wild Magic e Partisan. Wild Magic permite que você troque os seus oponentes de lugar, mude o terreno e invoque monstros. Já a Partisan permite você criar emboscadas no mapa, por exemplo. Apesar de ter gastado horas, não cheguei a ver uma real utilidade para ela, um pouco mais de variedade seria bem-vindo nesse caso.
Como falei anteriormente, a patch 1.4 de Age of Wonders III trouxe muita coisa boa. Ela não só mudou a IA como o sistema de felicidade, mudanças nos heróis e suporte ao Steam Workshop. Assim como a Paradox, a Triumph Studios parece estar focada em fazer felizes tanto os donos do game original como da expansão.
Tecnicamente, não mudou muito em Age of Wonders III. Quando comparado com a versão 1.0, nota-se melhorias no desempenho quando movimentar unidades pelo mapa e durante as batalhas. Não fui muito fã da estética dos Halflings, apesar de as magias serem mais belas.
Se você jogou Age of Wonders III e se divertiu, Golden Realms vai ser uma ótima adição. Espero, porém, que isso seja o primeiro de muitos DLCs para expandir ainda mais o conteúdo do game, pois quero muito mais. Age of Wonders III: Golden Realms está disponível no Steam por R$ 23,99
A análise foi feita com base em uma cópia enviada pela Triumph Studios