Construtores de pontes, puzzle games que ganharam notoriedade há alguns anos e lentamente foram caindo na mesmice. Disponível no acesso antecipado do Steam, Poly Bridge pode ser um dos melhores que já jogamos até então.
Poly Bridge conquista pelo carisma. Feito em um estilo low-poly, a repetitividade de cenários fica em segundo plano a partir que não conseguia deixar de reparar no quão belo eram. Da simpática música do menu principal as fases, tudo exala carisma e felicidade.
A estrutura das fases é bem simples, leve um veículo – seja ele um carro ou um caminhão – de um ponto “A” a um ponto “B” pela construção de uma ponte. Como fará isso fica a seu critério e de acordo com a verba disponível em cada fase.
O interessante é que mesmo que certas fases possam parecer “repetidas”, Poly Bridge oferece uma ótima cadência na qual libera novas ferramentas, materiais e mecânicas para você vencer os quebra cabeças. De início você começa com pontes simples de madeira, não tão resistentes e que requerem bastante cuidado no posicionamento das estacas. No momento que começa a pegar o jeito da coisa, hora de usar estruturas de ferro. Achou que já domina o sistema? Que tal agora ter de fazer pontes levadiças?
Foi essa constante renovação da jogabilidade que me fez – mesmo que em um estado incompleto – gostar tanto de Poly Bridge. Não só novas mecânicas são adicionadas constantemente como os desafios começam a variar.
As primeiras fases são pontes simples, até o momento que você terá de fazer rampas. Sim, isso mesmo, rampas para os carros pularem sobre um rio. Não é só garantir que a ponte suporte o peso dele, mas também o impacto da aterrisagem. Algumas vezes você terá de ajustar o ângulo da ponte para que ela passe sobre objetos, como balões.
No momento o escopo desses puzzles é relativamente pequeno já que todos os mundos ainda não foram implementados no jogo. Será interessante ver como a Dry Cactus irá manter o interesse do jogador em fases avançadas.
Para quem quer ainda mais desafio, ele já possui suporte ao Steam Workshop. Nele você pode fazer o download de novas fases criadas pela comunidade. Das que eu testei, quase fui a loucura com o grau de dificuldade. Em uma delas cheguei a desistir. O carro atravessava a ponte, ficava na torcida que ela ia aguentar o impacto e… Bloop. Mais um carro que caiu no rio, que a essa altura era formado das minhas lágrimas de dor e desespero por não passar dessa fase.
Uma das coisas mais legais que vi foi a possibilidade de compartilhar soluções com a comunidade. Ao completar uma fase, você pode criar um gif animado que pode ser enviado para o site oficial ou para o Twitter com a ponte que você criou. Simples, porém uma maneira efetiva de fazer com que a comunidade interaja e busque diferentes soluções para um mesmo problema.
Assustadoramente, não vi praticamente nenhum bug em Poly Bridge. Nada de quedas nas taxas de quadros, nada de níveis que eram impossíveis completados (exceto pela minha própria incompetência) e por aí vai. Para um título em acesso antecipado, fiquei impressionado e otimista.
Ainda há um longo caminho pela frente, a Dry Cactus adicionará novos mundos, veículos, suporte completo ao modo sandbox – onde é possível criar as fases – além de correção de bugs e otimização no geral.
Poly Bridge até então é um exemplo de games que foram “lançados” no acesso antecipado do Steam de uma maneira “correta”. Estão lá para receber um feedback da comunidade sobre as principais mecânicas do que oferecer uma funcionalidade básica e evoluir com o tempo.
Se você não quer esperar o lançamento, recomendaria pegar Poly Bridge já. Ele tem um futuro promissor pela frente e possivelmente será um dos melhores do gênero.