Knock é um jogo complicado de lhe explicar, ele é plataforma, aventura, quebra cabeça, dentre outras coisas. O que tenho certeza é, ele é profundamente inquietante.
A trama se inicia quando nosso protagonista, que mora em uma cabana no meio de uma floresta um tanto quanto bizarra, começa a acordar do nada a noite. Ele possui dificuldade de voltar a dormir, barulhos começam a aparecer, algo bate em sua porta e aí começa a sua jornada.
A mecânica é simples, você tem que sobreviver até o amanhecer, enquanto isso, você tem de resolver alguns quebras cabeças ou se esconder de alguma entidade maléfica.
Em certos momentos, você encontrará um relógio o qual lhe ajudará a passar o tempo mais rápido, em contrapartida se esconder faz com que você volte ao tempo, sendo necessário saber dosar muito bem esses dois elementos. Isso também ocorre com a interação com objetos, que são o ponto crucial para avançar na história. Ao trocar uma lampada, mover um objeto, os minutos também passam, o que indica progresso.
Boa sorte, porém, encontrando o que tem de fazer, são pouquíssimas dicas que o jogo lhe dá.
De tempos em tempos, você terá de sair da casa, o que torna a experiência ainda mais desconfortante. A floresta, morta, repleta de arvores retorcidas e mortas guarda muitos segredos.
Durante a minha partida, encontrei portais, ouvi sons completamente bizarros e tive a eterna sensação de que algo me seguia. Ele seguia? Ou já era algo da minha cabeça?
Dado ao estilo 2D, não há nem o que reclamarmos do aspectos técnicos. A Ice Pick Lodge fez um bom trabalho em sua ambientação tanto por meio de sua parte estética como por sua parte sonora. Falamos níveis Amnesia de tão inquieto que fiquei durante as áreas.
Será um jogo para todos? Não, pouco provável. Eu senti nele um estilo parecido com Dear Esther, ou Proteus, que são artisticamente maravilhosos, mas com mecânicas que podem não agradar a todos.
Apesar disso, nossos momentos com Knock-Knock valeram muito a pena, aguardamos ansiosamente para o lançamento da versão final.