Quando me falaram que 2014 era o ano dos RPGs, não levei muito em conta, mas a cada dia que passa isso começa a se tornar verdade. Escahlon Book III, como se presume, é a terceira parte de uma série RPGs bem old-school, que foi iniciada em 2001. Com essa versão prevista para ser lançada em novembro, testamos um pouco de uma build alpha do título.
De início, Eschalon não é um título para novatos no gênero ou aqueles que buscam gratificação instantânea em RPGs. O seu mundo demora a ser explorado, é repleto de armadilhas, monstros e tudo mais.
Não espere ter a resposta para tudo em apenas alguns minutos de jogo. Ele é um daqueles RPGs que demoram umas boas horas para ficarem bons, com inicios lentos, permitindo o jogador se acostumar no mundo.
Ele é todo baseado em RPGs clássicos, então pode se preparar para passar uma boa parte do tempo vendo stats, skills, criando o seu personagem de acordo com o seu gosto.
O sistema de combate é baseado por turnos, descritos na parte inferior da tela. Existem tantas variáveis a serem levadas em consideração durante um combate que seria loucura eu lista-las aqui e é isso que o faz interessante.
Eu adoro quando o combate de RPGs decidem não seguir aquela receita de bolo em seu combate e adicionam isso. Nisso Escahlon Book III faz de maneira perfeita.
Por exemplo, em certa dungeon que estava, sabia que não poderia matar aquele arqueiro indo cara a cara com ele. Sendo assim, optei por uma aproximação mais furtiva. Me escondi nas sombras e atirei flechas nele.
Ao me atacar de volta, ele tinha uma penalidade de 50% já que eu estava nas sombras, enquanto minha única penalidade era não ser tão bom com o arco, o que resultaria em um dano menor ao oponente.
Essa maior variedade se estende para todas as outras áreas do jogo. Seja na hora de criar seu personagem, com uma gama de stats, skills e outras coisas, ou no diálogo dos NPCs.
Arranjou um queijo e vai vender para um blacksmith? Não senhor, isso não ocorre no jogo. Cada vendedor tem interesse em tipos diferentes de matéria prima ou produtos. Não é sair por aí vendendo loot que nem doido.
Não deixe que os gráficos aparentemente simplórios te enganem. Escahlon Book III traz um belissísimo mundo para você explorar. Com seis horas de jogo, senti que havia apenas explorado uma pequena porcentagem daquele mundo.
Visitei pântanos, vulcões, calabouços, cidades perdidas no meio do mapa, ruinas e muitos outros locais. Em cada local novo, o jogo te dá uma descrição sobre como é a região em mais detalhes. Isso dá uma imersão espetacular.
Aliás, quando se fala em texto, Escahlon Book III tem de sobra. Prepare-se para ler muito, muito mesmo. Os diálogos com os NPCs são longos e cheios de ramificações. Cada conversa dura minutos e sempre são muito interessantes, algo que falta nos RPGs de hoje em dia.