Eldritch bem, é um jogo peculiar. A primeira vista, parece mais um daqueles clones de minecraft, só por causa dos blocos. Felizmente, ele é um senhor roguelike.
Basicamente, a sua personagem viaja por meio de livros a diversos mundos paralelos, repletos de monstros e armadilhas.
Nele, o ponto principal é a sobrevivência. Colete objetos, mate inimigos e se arme. Nas primeiras fases pensei, ah isso tá fácil, não vou me estressar. Errado.
Foi no quarto andar da primeira área que a dificuldade vem e vem daquele jeito. Primeiro um monstro que parecia ser imortal me perseguiu uma fase inteira. Pensei ah tudo bem, vou tacar esse dinamite e…. Taquei o dinamite errado, morri e perdi tudo
Ah roguelikes, o cheiro de frustração e desgosto que pairam no ar toda vez que abro um de vocês nunca deixa de ser agradável.
Basicamente, após chegar no final desse “livro”, você consequentemente abre o portal para um segundo livro, com inimigos mais irritantes, imortais e muito mais. Bato palmas para a estatua que se mexe do nada e me matou pelo menos umas dez vezes.
Eldritch ganha pontos por fazer o jogador conhecer melhor o mundo dos roguelikes, mas pode fazer com que ele fique chato para os mais acostumados com dificuldade desde de cara. O melhor nesse caso, seria algumas fases iniciais separadas, com aquela boa pergunta “você já jogou esse gênero antes?”.
Caso a pessoa responda sim sem ter jogado, não podemos fazer a não ser lamentar por sua burrice e desejar boa sorte
Apesar da geometria simples, tanto os inimigos como o cenário são muito bem produzidos, assim como seus efeitos sonoros. Com uma música bem de leve ao fundo, podemos ouvir barulhos ambientes, o gemido dos monstros e portas se abrirem ou fechar
Una isso ao estilo roguelike e terás aqueles momentos onde você ao passar por uma porta, escutará aquele som amedrontador de algum monstro a distancia. Com poucas balas, você só ouve o som chegar mais perto, até o seu fim. São momentos de tensão, que raramente jogos produzem.
Para se defender, nossa heroína conta com uma pistola, uma adaga, dinamites e poderes especiais. O último, só é obtido por meio de estatuas espalhadas pelo mapa, sendo possível ter apenas um por vez.
Além disso, com as moedas obtidas em diversas áreas, você pode comprar itens em uma loja. Tais itens incluem bussolas, botas especiais, armaduras e outras ferramentas que também lhe ajudarão na sua jornada.
Obviamente eu não comprei nada disso, matava o vendedor sempre que tinha chance e saia roubando tudo. Fiquei impressionado o quão fraco ele é, basta saber o timing que você o mata facilmente. Vindo de alguem que estava a jogar Spelunky, foi uma surpresa, mas sinceramente prefiro mais desafio do que isso.
Outro ponto muitíssimo importante para quem gosta de PC é que Eldritch tem a opção de field of view, aleluia. Assim, não precisamos jogar com aquela telinha minuscula, como se fosse sabe, um console? Além disso, as opções são bem simples e dado os graficos, deve rodar muito bem em qualquer computador.
Como nada nessa vida são flores, Eldritch apresenta alguns probleminhas, sendo o que eu realmente fiquei incomodado é a falta de direção para novos jogadores após o tutorial inicial.
Não nego, o tutorial inicial foi muito bom, te posiciona muito bem sobre o que tem de fazer e como fazer. O problema só apareceu algumas horas de jogo, onde eu tive que recorrer ao desenvolvedor do título para descobrir qual era o próximo passo.
Pelo o que jogamos, Eldritch promete momentos de tensão, susto e raiva, muita raiva. Por US$ 15, está na mesma categoria de ótimos roguelikes de 2013, assim como Legend of Dungeon e Spelunky, compra garantida ao ser lançado!