Será que já é hora de voltar a Tamriel? Testamos nessa última semana um bom pedaço do PVE de The Elder Scrolls Online, MMORPG da Bethesda que deve chegar em abril para PC e posteriormente para o Xbox One e o PlayStation 4.
Durante o preview, chegamos até o level 15 com um Nightblade, também conhecido como rogue, essa é uma das classes disponíveis no momento.
Ao contrário de MMOs tradicionais, The Elder Scrolls Online busca trazer uma fórmula mais voltada para ação e menos para o apertar de 30 teclas diferentes só para matar um oponente.
Apesar de existirem uma quantidade enorme de habilidades para se escolher e melhorar, apenas cinco delas, incluindo uma sexta especial poderão ficar ativas de uma vez.
Creio que isso será interessante para quem quer fazer dungeons ou Raids, já que uma mesma classe poderá desenvolver uma função mais variada. No meu caso, eu foquei em ataques que curavam meu personagem do que em ser furtivo.
The Elder Scrolls Online – O combate, exploração e quests.
Como transpor, porém, o combate da série para um MMO? Bem, você não o faz, pelo menos não da maneira que se espera. Sim, existe uma visão em primeira pessoa em The Elder Scrolls Online, porém, não funciona tão bem no momento.
Não porque ela é ruim, mas sim porque existe pouco feedback quando um inimigo toma dano, principalmente quando se trata do combate corpo-a-corpo.
Os meus ataques com meu Nightblade pareciam atingir o nada, o ar, a única maneira de saber que causei dano era ver a barra de vida do meu oponente diminuindo.
Para muitos, o ponto forte da série Elder Scrolls é a exploração, andar por uma estrada, descobrir uma caverna e dentro dela um tesouro secreto. O cenário de The Elder Scrolls online tem tudo para abrigar tal mecânica, mas em momento algum eu tive a vontade de fazer isso.
Querendo ou não, ele continua a se prender no estereótipo dos MMOs onde um NPC lhe pede um favor, você realiza a quest, ganha pontuação, sobe de nível e acaba.
O pior de tudo, isso está muito bem demarcado tanto no mapa como no quest log. Certas quests chegam a ter pequenas dicas do que fazer, por mais banal que sejam.
É como se me tratassem como um burro que nunca jogou um RPG na vida. Compreendo o lado da Bethesda após chegarem a marca de mais de 20 milhões de cópias vendidas no Skyrim terem medo de colocar algo que exija muito pensamento para se resolver.
Algumas das quests não necessitavam de combate algum, apenas dialogar com algumas pessoas. Para quem espera um RPG mais tradicional, saberia que teria de encontrar essa pessoa na cidade, para assim, descobrir o que fazer. Novamente, não é o caso em The Elder Scrolls Online.
Um exemplo que pode ser dado é uma das quests na área inicial, onde eu precisava ir em um Inn para me encontrar com uma pessoa e recrutar outros para quest.
A pessoa em questão estava demarcada em meu mapa com uma precisão do GPS mais avançado de todos os tempos, o que remove toda aquela sensação de felicidade ao aprender sozinho algo.
Sem contar essa e um punhado de quests; as outras se mantém presas ao estilo de quests que parecem mais uma lista de compras minhas do mercado do que outra coisa. Vá até o lugar X, mate o monstro Y, colete o item Z, entregue para o NPC que lhe deu a quest.
Isso não é desculpa, porém, para não existir o desejo de explorar cada canto do cenário para encontrar alguma passagem secreta.
Na parte técnica, The Elder Scrolls Online mantém a qualidade que vemos nas versões single-player dos games da franquia, ouso a falar que foi uma das partes que mais me impressionou.
As cidades são bem modeladas, assim como a estética das dungeons, monstros e NPCs foram bem detalhadas. Sua trilha sonora continua espetacular, talvez não tão boa quanto Skyrim, mas mesmo assim, ótima.
Outro aspecto que vale mencionar é a atuação dos personagens. Claro que continua com aquele gosto de “pode ser melhor”, mas, praticamente todo o NPC tem voz, então pode preparar seu HD pois o beta já comia 40GB de espaço.
O grande problema que vejo em The Elder Scrolls Online no momento é que ele tem potencial de ser interessante, mas ainda não está lá. Claro, você ainda poderá conhecer alguns lugares novos de Tamriel, jogar com seus amigos, fazer quests, melhorar seu personagem.
E depois disso, o que mais? É dificil de responder com tão pouco tempo jogado. Um jogo não pode só viver de gráficos belos. Seja vendo por um lado de fã de MMOs ou da série Elder Scrolls, ainda me falta motivação para gritar e falar que será um ótimo jogo. No momento, esperaria até o lançamento antes de realizar qualquer compra.