Bom, primeiro lhe oferecemos uma entrevista; agora temos finalmente um preview de Eador: Masters of the Broken World.
A versão testada foi o mais recente open beta realizado pela Snowbird Games. Como havíamos comentado durante a entrevista, o jogo se passa em três planos, um pouquinho mais complexo do que imaginávamos.
Primeiro, temos o plano astral. Este consiste de diversas mini-ilhas que flutuam em um universo. No início, o jogo lhe apresenta os seus aliados ou amigos. Seu objetivo consiste conquistar estas mini-ilhas, as quais chamaremos de Shard.
Ao “atacar” um desses shards, você entra na segunda camada do jogo. Ao contrário de Civilization V, onde existem hexágonos neutros no mundo, esse padrão não se repete em um Shard. Apenas o seu castelo e regiões dominadas por facções inimigas ou independentes.
Para tomar tais regiões, você precisa de um herói e um exército. Essas duas coisas são obtidas direto de sua cidade, meio que o hub central para a sua dominação. Nela, você pode construir novas edificações, contratar soldados, mercenários e equipamentos a cada turno que passa. Pelo o que vi, apenas a construção está limitada a uma edificação por turno, de resto tudo liberado.
Com o seu Herói a postos, você pode assim visitar outras provínicias. No caso daquelas habitadas por facções independentes, normalmente se tem duas maneiras de resolver o conflito: Com uma quest ou os matando.
Na primeira facção, um grupo de orcs, decidi atacá-los de cara para testar o combate. Finalmente chegamos a terceira camada de Eador.
O combate, o qual é feito por meio de um mapa com hexágonos em seu estilo tradicional de strategy RPG ocidental. Você movimenta as suas unidades, as posiciona próximo ou longe do inimigo e ataca. Uma mecânica interessante é que não possuímos mana durante o combate.
Temos magos e o seu próprio herói que, mesmo sendo um ranger, pode ter magias. Para isso, basta memorizá-las antes de entrar em uma batalha. Temos duas formas de ataques mágicos, “spells” e “rituals”.
Spells acertam apenas um inimigo, enquanto rituais afetam o mapa todo, que pode ser benéfico para você ou maléfico para o inimigo. Em ambos os casos, pagamos com “gems” (que parecem cristais) para que esses rituais ocorram.
Diferente de Legends of Eisenwald, Eador tem um combate bem simples, talvez até simples demais para o seu próprio bem. Você consegue interpretar muito bem o que acontece na tela, é simples de se posicionar em campo e os inimigos oferecem uma dificuldade razoavelmente alta.
Não sinto muita emoção, porém. Parece que depois de um tempo pode ficar enjoativo, ou talvez eu esteja com essa idéia na cabeça de que ele deveria ser mais estratégico. Outro ponto que pode e deve ser ajustado pelo jogador é a velocidade do combate.
Ele é muito muito lento, bom para aqueles que ainda tentam compreendê-lo, mas os já acostumados com o gênero estranharão. Felizmente, basta acessar o painel de opções e acelerar o combate. Novamente, como falamos de um beta, não cabe a mim julgar isso até ter a versão final em mãos.
Com os orcs agora mortos, decidimos uma rota alternativa para a nossa próxima facção independente, realizar uma quest.
Adivinhem qual era? Vá até tal lugar e mate uma quantidade X de monstros. Tentamos mais uma vez com um grupo de hobbits e o mesmo tipo de quest. Quase que desistimos dessa tentativa, na terceira e última, encontramos um simpático povo lagarto que aceitou se anexar ao nosso reino por uma quantia considerável de dinheiro.
O sistema está lá, portanto, possivelmente haverá outros modos de anexar regiões, mas ainda não foram implementadas.
Enfim, a desenvolvedora também promete eventos aleatórios que ocorrerão ao longo da campanha, assim como um sistema de Karma. Este será baseado em cada ação feita por seu herói. As boas contarão pontos para o lado bom e as ruins, como destruir um vilarejo inteiro, obviamente vão para o lado ruim da coisa.
Como nem tudo estava em seu devido lugar quando jogamos, não pudemos analisar tão bem essa mecânica.
Hora das tecnicalidades que todo bom PCzista ama. Graficamente ele parece rodar em algo parecido com a Unreal Engine 3, mas é um motor gráfico próprio. Para um jogo bem indie, está muitíssimo bem otimizado e bonito. Esteticamente algumas coisas não me agradaram mas é questão de arte e não afeta o jogo de maneira direta.
Outro ponto positivo ganha toda a sua interface; ela é muito bem organizada. Algumas coisas parecem estar incompletas, mas de forma geral, nada fica escondido atrás de dez menus diferentes.
Para um título que será lançado a US$ 19,99 em abril, Eador: Masters of The Broken World bate de frente com muita franquia grande a um preço bem competitivo. Se você gosta do gênero, não se esqueça de adicioná-lo a sua lista, junto com Eisenwald e Conquistador. Outras duas grandes promessas para 2013.
Gostou? ele já se encontra em pré venda no GOG, basta acessar o site oficial para comprá-lo. De bônus você ganha Eador: Genesis, o primeiro jogo da franquia.