Quando um RPG não tem um waypoint, uma seta gigante para te mostrar o caminho e te liberta para fazer o que quiser no mundo; sei que vem coisa boa por aí. Foi assim que me senti com Divinity Original Sin, o mais novo RPG da Larian Studios, criadores de Divinity Dragon Commander.
Original Sin é um game interessante, em sua estrutura ele é muitíssimo old school. As quests são mais guias de informações coletadas do que “vá até tal lugar e faça tal objetivo”. Isso não existe, você tem de pensar para resolve-las.
A versão alpha que testamos oferece cerca de 15 horas de conteúdo e a primeira cidade para explorar. A atençao aos detalhes é algo que impressiona, mesmo ainda em desenvolvimento. Você pode mover cadeiras, explorar cada baú, trocar coisas de lugar e por aí vai.
Por exemplo, vi um baú que estava fora de meu alcance, mas o consegui abrir, pois movi as caixas e consegui chegar a ele. Em momento algum eu fui explicado isso, tampouco o jogo te faz passer por um longuíssimo tutorial para apontar cada detalhe. É o caso do jogo saber que seu jogador não é um novato qualquer e tem noção de RPGs.
O sistema de combate de Divinity Original Sin é feito por turnos, mas não conta com posições específicas para movimentar o seu personagem. Ou seja, você pode posicioná-lo onde bem entender no cenário.
Por ser um título ainda em desenvolvimento, não posso opinar em relação a sua dificuldade, já que está desbalanceado. Boa parte das minhas batalhas foram consideravelmente difíceis, principalmente pois não estava com experiência suficiente para enfrentar os monstros fora da cidade disponível no momento.
A maior parte da minha experiência ganha não foram com batalhas, mas sim com a exploração, conversação com NPCs e a solução de quests apenas por meio de diálogos. Uma das principais quests disponíveis envolvem unicamente isso.
Em momento algum eu precisei levantar a espada para combater algum mal, ou qualquer coisa. Eu apenas descobrir as pistas, pensei e cheguei a uma conclusão. Coisas assim são raras de se ver hoje em dia.
Futuramente, Divinity Original Sin contará com suporte a um modo cooperativo online. Você e outro jogador poderão completar a história inteira juntos. Isso promoverá uns diálogos interessantes, já que no single player que testamos, podemos responder com variados tons dependendo do personagem.
Por exemplo, enquanto o meu personagem masculino obedecia mais as ordens de um capitão, a minha outra personagem se perguntava mais se deveria ou não acatar com as mesmas.
É um sistema interessante que provê pontos para obediência, rebeldia, dentre outras estatísticas que bem futuramente poderão ser usadas para diálogos mais complexos.
Na parte técnica, não há muito para se falar ainda, já que o mesmo ainda não está completo. Divinity Original Sin, porém, traz uma estética muito mais bonita do que a aplicada ao Divinity II.
Desde o Dragon Commander já havia notado uma grande melhoria nesse aspecto, o RPG agora só confirmou mais uma vez que a empresa tem dado passos largos para uma estética mais agradável aos olhos.
Claro que, existem bugs, alguns problemas de inventário ou crashes. É para isso que o Steam Early Access serve, para a comunidade colaborar com o desenvolvimento e apontar quais problemas existem.
A Larian parece fazer um ótimo trabalho em os consertar, pouco tempo após sair no Steam o game já recebeu duas atualizações substanciais que incluem uma lista enorme de correções. Sendo assim, lotado de bugs ele não deve ficar.
As mais de 10 horas desse monstruoso RPG que deve chegar ainda aesse ano exclusivamente para PC foram divertidas, interessantes e cheia de coisas que não vemos mais nos games atuais.