MOVE TO, 100 METERS, NORTH. Eu não sei quantas horas eu ouvi isso na minha vida. Foram mais de 200, 300, durante mais de 8 anos. ArmA é uma experiência única no quesito shooters, enquanto fazia o preview de ArmA 3, tive ainda mais esta certeza.
A versão Alpha traz quatro show cases, o poderoso editor de fases, modo multiplayer e suporte a mods.
Cada um dos quatro showcases tem como intuito mostrar as melhorias feitas ao sistema de combate, novas adições e novidades do ArmA 3. Estão divididas em: Infantaria, veículos, helicópteros e mergulho.
Se houvesse alguma maneira mais fácil de “vender” o jogo ao seu público alvo, a Bohemia teria feito, porque não consigo imaginar como. Estas pequenas demonstrações acertam muito bem no que o jogador da série quer, quais novidades ele quer conhecer de cara.
O que realmente melhorou foram as suas mecânicas. A evolução do ArmA 1 para o ArmA 2 na minha opinião foi significante, mas não me impactou tanto quanto o que vi durante esse alpha.
A movimentação dos personagens, as diferentes formas de posicionamento tático no campo de batalha, animações, tudo teve um refinamento muito grande, principalmente se considerarmos que o seu desenvolvimento ainda não está terminado.
Vamos dar um exemplo prático, eu me posicionei atrás de uma arvore de tiro inimigo. Quando deitei no chão e apertei ctrl+ D (ajuste fino de posição do seu personagem), meu soldado se posicionou de forma que somente a arma e um pedaço do corpo dele fossem suficientes para ser efetivo em combate.
É esse tipo de atenção ao detalhe que faz ArmA ser o que é. Outra parte que marcou foi durante a missão de helicóptero. Enquanto sobrevoava uma região para destruir morteiros em uma ilha, conseguia ver os soldados em ataque a uma base inimiga, os traçados de suas balas cruzando o céu, explosões e tudo mais.
Por fim, temos o editor de fases, confesso que ainda não brinquei muito com ele. Gostei, porém, das mudanças realizadas em algumas partes da interface, o que tornou mais simples criar sua missão de forma rápida e como de costume a sua versatilidade.
Bastam cinco ou dez minutos que consigo criar um mini conflito entre soldados, uma missão de atacar um vilarejo, enfim, o que bem imaginar.
O que mais fiz, porém, foi colocar uma quantidade enroma de soldados juntos perto de uma bomba e explodir, só para ver seus corpos voando já que colocaram ragdolls. Isso mesmo, ragdolls, finalmente. Chega dos personagens caírem no chão como se fosse 1999.
Acredite, os aspectos técnicos de ArmA 3 foram uma grande surpresa. A série sempre rodou relativamente mal em meu computador. Não só no meu como de muitas pessoas devido ao baixo desempenho nos primeiros momentos.
Desde esse Alpha, consigo rodar com tudo ou quase tudo no máximo em uma taxa de quadros de mais ou menos 30 a 45. Para quem rodava ArmA 2 a 20/25 em 2008, é um grande avanço. Ouvi relatos de quedas mais bruscas no multiplayer, porém não as posso confirmar já que não foi o foco deste preview.
Mas o que seria um simulador tático, sem a sua inteligência artificial, não é mesmo? Se lembra daqueles soldados que te atacavam e de vez em quando tacavam uma granada? Os esqueça. O inimigo agora está muito mais agressivo, se veem a oportunidade, te atacam, buscam maneiras de te atingir pelos flancos, tacam granadas, fazem pressão mesmo.
ArmA 3 tem de tudo para ser não só o melhor simulador tático deste ano, como também um dos melhores shooters de 2013. Se a Bohemia Interactive usar esta base do alpha e expandir mais ainda, só vejo grande sucesso pela frente.
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