A primeira crítica que eu escrevi na vida foi sobre “Command & Conquer 3”, 18 anos atrás. O site, agora um esqueleto de uma internet que não existe mais, durou por 9 anos. 2025 marca o 12º ano que eu estou administrando o Hu3BR praticamente sozinho. Eu evito comemorar a data por me dar medo. Como eu cheguei a 12 anos? Como eu encontrei a disposição para escrever sobre jogos por 12 anos? Esse é o ponto em que as pessoas falam “e que venham mais 12”. Não sei se eu quero mais 12.
Desculpe pelo tom melancólico, caros leitores. 2024 foi um ano intenso para mim em diferentes frentes. Mudança de casa, relacionamento, diversos problemas de saúde que surgiram, que foram embora. Novas doenças – algumas delas crônicas – descobertas. Uma parcela gigantesca de descoberta de quem eu sou, e quem eu quero ser no futuro.
Dá para sentir que foi um ano de descobertas, não? Vejo que eu evoluí como pessoa, e também percebo como os meus gostos mudaram ao longo dos anos. O meu objetivo principal com o Hu3BR era preencher uma lacuna que existia – e para mim ainda existe – no Brasil: cobertura competente de jogos de estratégia e jogos independentes. Alguns podem dizer que eu tenho feito isso com certo sucesso; eu diria que eu poderia ter feito muito mais se tivesse me organizado no passado.
Quanto mais eu penso no gênero estratégia, menos eu começo a notar o quão pouco ele me representa hoje em dia. Eu passei por múltiplas crises tentando entender para onde guiar o site. Eu queria implementar mais elementos interativos, queria explorar novos gêneros. Uma hora cansa bater a tecla e fazer as mesmas reclamações sobre o gênero que às vezes parece muito estagnado.
Ainda que eu discorde veementemente da matéria da PCGamer sobre a “era de ouro” que nunca voltou a existir nos jogos de estratégia, eu sou testemunha do quanto eles mudaram, se transformaram, e quanto mais elementos peculiares foram incorporados em muitos deles. Nós nunca vamos ter algo como um novo “Age of Empires II”. Bem, a Microsoft tentou com “Age of Empires IV”, e a maioria das pessoas que conheço e as comunidades que acompanho ainda preferem esperar a próxima expansão de “Age of Empires II”. Um jogo que, a esta altura, é infinito.
É a dura aceitação, ao menos da minha parte, que estratégia se tornou um gênero ainda mais de nicho hoje em dia. Com exceção de gigantes como “Manor Lords”, poucos vão se interessar sobre as peculiaridades de “Nebulous: Fleet Command”, ou até mesmo se interessarem em uma cultura de mods que é tão proeminente e que tem uma cobertura tão terrível da mídia no geral. Eu acordo todo dia e penso “Não, dessa vez as pessoas vão se interessar”. E nunca acontece, mas o desejo ainda continua lá.
E, por mais que continue a ter interesse nele, eu me senti muito distante do próprio gênero no geral. Meu tempo de jogo em 2024 foi voltado para explorar coisas como Visual Novels, abraçar quebra-cabeças como Puzzmo ou gastar horas imensuráveis em “Top Spin 2K25” – o melhor e pior jogo de tênis da década.
Me questionei o porquê de jogar “Homeworld 3” – que, quanto menos falar sobre, melhor – se eu poderia voltar para os meus queridos dungeon crawlers, como foi o caso das minhas horas em “Dragon Ruins”, um jogo aptamente titulado “Um Dungeon Crawler para pessoas cansadas”.
Também foi um ano em que eu me conectei demais com outros tipos de mídia, principalmente filmes, que tanto fazem falta na minha vida. Ainda que eu não tenha um número específico, acredito ter passado da marca de 100 no último ano.
E isso também respingou bastante na busca de jogos com narrativa, mais do que apenas com mecânicas interessantes. Foi assim que caí em “Indika” (crítica), “Mouthwashing”, “Threshold”, “Hauntii”, “Phoenix Springs” e tantos outros. Foi o ano em que saiu o remake de “Riven”, um dos meus jogos favoritos de adventure; que “Arco” se mostrou um triunfo, tanto no lado narrativo, como no criar novos tipos de “táticas” para um jogo em turnos; em que fechamos o ano com o lançamento de “Caves of Qud” e “Glorious Companions” — jogos distintos, mas que te dão a liberdade de ser quem você quer ser.
2024 foi um ano assustadoramente maior e mais ambicioso em termos de jogos do que eu esperava, ao ponto que seria praticamente impossível eu cobrir e escrever sobre todos que eu gostaria, e olha que eu tentei – e sofri – por isso. Tentar colocá-los todos aqui seria um exercício de frustração.
Essa é a parte em que eu deveria falar “E que venham mais 12 anos”! Mas eu não vou. Como eu escrevi em 2024, garanto que o site vai continuar a existir indeterminadamente, mas que também eu vou – eu preciso – encontrar novas avenidas e meios para expressar a minha opinião. As primeiras sementes foram plantadas no ano passado com a introdução do meu Newsletter mensal (que não está sendo tão mensal assim, mas vou tratar de melhorar isso). Aliás, se você ainda não se inscreveu, aproveite a oportunidade.
Eu quero trazer mais à tona não só jogos de estratégia, não só jogos de nicho, mas fomentar discussões que sejam mais interessantes do que “olha como este jogo está horrível” – um formato em que eu às vezes caio e me julgo por isso.
Se eu vou ser bem-sucedido ou não nessa empreitada ainda é um mistério, mas eu vou continuar aqui, escrevendo, fazendo newsletters, tentando algo diferente. A internet vai mudar, ela está mudando para pior – mas isso não vai me impedir.
E, como não pode deixar de faltar, abaixo estão os meus favoritos de 2024. As regras que eu coloco valem sempre. Há jogos que eu não coloquei por serem expansões (Shadow of the Erdtree), jogos que eu não consegui completar a tempo (Black Myth Wukong), outros que estão em acesso antecipado (Sea Power). Como toda lista neste mundo, ela é subjetiva, e não fique com uma sensação de frustração caso o jogo que você tanto gosta não esteja nela. Talvez ela esteja em outra, só por favor não resmungue ou me xingue nos comentários.
Agora sim, e que venha 2025. E, mais uma vez, muito obrigado pela atenção, pela fidelidade, por ainda me darem forças para manter esse site no ar. Eu sou, e vou continuar a ser eternamente grato a todos vocês.
Caves of Qud
Se você tem o mínimo conhecimento do meu interesse, sabe muito bem que Caves of Qud iria estar nessa lista. O Roguelike / RPG que eu acompanho há quase 10 anos finalmente foi lançado no final de 2024 e ele é tudo do que eu esperava e um tanto mais.
Ele, quiçá, é o maior símbolo do significado de 2024 para mim. Os jogos que mais me marcaram estavam inundando narrativa e elementos que eu fiquei feliz em vivenciar. A narrativa de Caves of Qud, por consequência, é completamente fascinante, e tão difícil de se ver por aí que isso a torna única.
É uma mistura de Duna com livros de ficção científica do mesmo período, 60 e 70, com um toque extra de uma gama de opções em que você pode criar o personagem que quiser. Os erros são hilários — como a vez que comi asfalto “só por curiosidade”, ou fui destruído por uma torre que se teleporta, ou quando eu me tornei forte demais e um “eu do futuro” veio atrás de mim para tentar me matar.
Caves of Qud é um dos melhores jogos de 2024, e talvez da década.
Sorry We’re Closed
É difícil criar um jogo como Sorry We’re Closed sem que ele pareça terrivelmente derivativo. Você olha a capa dele, a descrição, e pensa “Resident Evil” + “Killer 7” + uma trama queer. Entretanto, ele é muito mais do que a soma das suas partes.
Apesar do estilo “clássico”, ele é moderno na sua aproximação ao combate, à narrativa, à forma como você cria laços e convive com as pessoas. Ele me relembra que se fechar nem sempre é a melhor decisão a ser tomada frente a um confronto ou um desafio.
“Amor” é a chave central dele. O que você faz, deixa de fazer, o que você abandona, e se vale a pena tudo isso. Às vezes é doloroso de ler, mas muitas vezes é necessário. É um feito incrível da mídia e outro que merece mais atenção.
Mouthwashing
Eu decidi começar a jogar Mouthwashing depois de uma longa e árdua sessão de terapia. O terminei quase que imediatamente, três horas ou quatro depois – não me lembro bem – sem sequer tirar o olho da tela. Eu estava furioso. Eu queria quebrar o meu computador, gritar para com o mund; queria pessoalmente estrangular cada personagem dessa história.
Mouthwashing é o ápice da inação, da inércia. Do ato de não fazer nada em frente a algo terrível, de achar que o problema vai se consertar sozinho se você deixar ele lá parado. “Uma hora as coisas melhoram”, é o que eu às vezes falo para mim mesmo em vários ciclos da vida. Não, elas não melhoram se você tem poder sobre elas e tem como mudá-las. Cabe a você começar a realizar este movimento.
Um gosto amargo na boca, um ódio desproporcional, uma vontade de chorar que não passava. Mouthwashing é incrivelmente doloroso e fantástico.
Balatro
Eu imaginei que “Balatro” (crítica) ia acabar na minha lista de favoritos do ano quando eu comecei a jogá-lo no começo de 2024? Eu tinha uma suposição que sim. Joguei horas, dezenas de horas, centenas. Eu poderia muito bem ter parado quando eu completei o primeiro ou o segundo deck na dificuldade mais alta.
Sabe o que me fez não parar? Não, não foi o desafio. Foi a comunidade de PC, que desde o lançamento vem trabalhando em mods para o jogo. Sim, “Balatro” tem mods e eles podem facilmente ser adicionados no jogo. Eles vão de novos decks a novos tipos de coringa e novos desafios ainda mais picantes do que os presentes no jogo.
O título de estreia da Localthunk é um feito incrível não só por despertar meu interesse por poker e por consequência outros jogos de cartas, mas por me manter entretido por tantas horas, até nos momentos mais baixos de 2024.
Solium Infernum
Eu não tenho amigos que moram perto, ao menos não tão perto quanto eu gostaria (uma viagem de 2h não conta como perto). Eu senti uma falta tremenda deles em 2024. E, por mais que eu tente convencer a maioria deles a jogar alguns dos meus jogos prediletos, muitos estão presos no loop de “Games as a Service” – algo de que eu venho me desprendendo de maneira bem forte nos últimos anos. “Solium Infernum” exerceu uma força contrária a esta onda; eu encontrei uma comunidade nele, um grupo de pessoas com quem eu joguei partidas quase o ano todo – com a última sendo em novembro.
A adaptação do clássico de estratégia com cartas feito pela League of Geeks é magnífica em termos de design e complexidade. Apenas duas ações por turno – que incluem mover, atacar, realizar magias ou lidar com eventos burocráticos – é sufocantemente delicioso. Ele requer que você pense duas, três, quatro, dez turnos à frente, torcendo para que os seus planos não vão por água abaixo. Spoiler: Eles normalmente vão.
Discussões em grupos de Discord, um apontando o dedo para o outro dizendo que “fulano” foi quem fez tal ato, quando na verdade ele jogou a culpa em outro jogador. Discordâncias vão acontecer inevitavelmente em uma partida de “Solium Infernum”, mas tal como “Subterfuge” – um clássico que eu também não deixei para trás – é o elemento de comunidade e camaradagem que sobrevive no fim das partidas, e esse é um elemento social que eu sinto e continuo a sentir tanta falta em jogos.
Granblue Fantasy Relink
Tem uma parte de mim que teria preferido que “Granblue Fantasy Relink” (crítica) não tivesse sido um lançamento do começo de 2024, que tivesse recebido mais atualizações e ficado no popular de forma mais proeminente. A outra fica aliviado que ele teve uma finalidade, atualizações necessárias, adições de personagens e quests e um fim.
O projeto, que trocou de mão da Platinum para a CyGames, não gerou muita confiança nas pessoas. Quando que um jogo baseado em um Gacha que já está há anos no mercado e foi parcialmente ofuscado pelo gigante que é a MiHoYo ia dar certo? “Granblue Fantasy Relink” é a aposta que deu certo.
Completamente consciente da sua posição, ele abraça o absurdo na história e seus estereótipos, enche de cenas magníficas de ação de tirar o fôlego e ainda tem uma cadência que eu gostaria que mais jogos tivessem. Completá-lo não foi demasiadamente longo nem curto demais. Ainda me diverti – e divirto – horrores, completando as quests online com uma pequena comunidade que ainda existe. Eu nunca vou encostar no Gacha, mas fico muito feliz de ter dado uma chance para “Relink”. Ele tem, de longe, um dos melhores e mais atraentes sistemas de combate de 2024, e queria que mais pessoas tivessem a oportunidade ou o interesse em testá-lo.
Lorn’s Lure
Eu adoro Doom, mas o meu tempo majoritário de 2024 foi gasto em explorar mais a fundo a comunidade de Quake. Em parte, por conta do Brutalist Jam 1 e 2 lançados em 2023 e 2024, respectivamente; em parte pelo crescimento da comunidade e novos eventos de mapas feitos por ela. O que isso tem a ver com “Lorn’s Lure”? Eu o vejo quase como uma adjacência a minha fascinação por estruturas gigantescas tão proeminentes nas criações da comunidade e a necessidade de explorá-las.
Similar a “BETON BRUTAL”, “Lorn’s Lure” te dá uma picareta, um objetivo e te deixa livre para chegar nele como bem entender. É um exercício em precisão e frustração, com algumas das vistas mais estonteantes que eu vi em um bom tempo em um jogo.
Ele navega aquele espaço entre ser um projeto independente, não esconder as suas fortes influências, mas usá-las ao seu favor ao invés de uma muleta. Eu ainda não encontrei todos os segredos dele, e nem sei se irei. Mas, de qualquer forma, continuarei a explorar as suas cavernas e seus penhascos.
Skald: Against the Black Priory
Muito se falou sobre a ressurgência dos RPGs “clássicos”, com “Pillars of Eternity” sendo o “pioneiro” do ressurgimento da era pós-Infinity Engine, seguido por “Wasteland 2”, e a culminação desse processo em “Baldur’s Gate 3”, adorado por tantos. Dentre esse labirinto de jogos que alcançaram ou não renome, “Skald: Against the Black Priory” consegue se destacar por evocar uma era que eu vejo ser muito pouco retratada nessa renascença, e ainda assim se manter “moderno”.
“Skald” abraça os visuais de jogos como “Ultima IV” e os envolve com uma camada de narrativa intrigante sobre uma ilha e seus acontecimentos estranhos, e sabe como dar vida a cada um dos seus locais, combinando isso tudo com um sistema de combate igualmente vasto e complexo, lembrando a era “Goldbox” de Dungeons & Dragons.
Nem assim ele se torna impenetrável como os seus antecessores, ao ponto de ser tão palpável ou até mais que RPGs como Pathfinder ou até mesmo “Baldur’s Gate 3”. Foi um trabalho de anos, e tal como com o próprio “Caves of Qud” listado nessa matéria, valeu a pena a espera.
WARNO
Quando “WARNO” entrou em acesso antecipado, eu o chamei de “complexo, mas incrivelmente ambicioso”. O jogo de estratégia em tempo real da Eugen cresceu, expandiu, se multiplicou, do lançamento no começo de 2024 até o final do ano.
Ele é o cúmulo do trabalho de pouco mais de uma década na franquia “Wargame” e, posteriormente, “Steel Division”. Ele pega o melhor do que a desenvolvedora francesa já fez e coloca um laço de “anos 80 alternativo” da Guerra Fria que me pega de jeito, e fica difícil não dizer que ele me cativou ao longo dos meses.
Eu sou bom nele? Nem um pouco. O que era complexo virou quase impenetrável. Novas divisões e veículos são lançados quase que mensalmente, os tutoriais ficam cada vez mais “defasados”, e a curva de aprendizado é insana de alta.
Não tenho a menor chance de convencer alguém a tentar, mas se você se sentir instigado por um jogo que tenta tornar o combate da década de 80 até o começo de 90 algo palpável e assustador, “WARNO” é a melhor escolha no momento.
Phantom Spark
Amo tabelas de liderança; amo ainda mais jogos de corrida com tabelas de liderança. Mas eu notei que em 2023 eu quase fui consumido por elas. Passei dias e mais dias tentando correr contra o impossível, contra velocidades que eu não tinha chance de alcançar ou tempos que estavam muito além do meu limite. “Phantom Spark” foi um dos pouquíssimos jogos em 2024 que manteve essa chama acesa e proporcionou um senso de finalidade.
A variada e muito bem seleta quantidade de pistas te dá mecânicas suficientes para você mergulhar de cabeça e aprender a melhor rota para obter o melhor tempo que você consegue ,e ao mesmo tempo não te pressiona com uma tabela semanal ou com desafios demais ao ponto de querer comer o seu tempo.
Eu ia, jogava algumas horas por mês, deixava de lado e me sentia bem satisfeito com isso. Em um ano em que eu tentei ao máximo cortar a “gordura” de “Games as a Service”, “Phantom Spark” é uma excelente noção de que jogos de corrida ainda podem ser simplesmente isso: jogos de corrida. Claro que a estética ajuda bastante.
I am Your Beast
Às vezes eu quero dizer que não há violência justificável, que todo ou qualquer ato de violência é um absurdo, algo que poderia muito bem ter sido resolvido de maneira amistosa. Mas, em alguns momentos, você está encurralado, preso, sem ter saída, e essa é a única válvula de escape que você encontra: partir para cima. “I am Your Beast” é essa válvula sendo esvaziada ao longo de 20 fases.
O título da Strange Scaffold traz uma narrativa curta que acerta no meu âmago. A indignação com o mundo, com as coisas que eu já tive que fazer (certamente bem menores do que o protagonista), as coisas para as quais me sujeitei só para ter uns trocados a mais no fim do mês. Ódio, ódio e mais ódio de tudo o que eu me prejudiquei por isso.
Destruir os soldados que estão atrás do protagonista Alphonse Harding “só para mais uma missão” – a promessa que eu vejo tanto em tantos trabalhos. É quase como uma catarse. Anos engolindo sapos para desferi-los em um golpe só, ou múltiplos, ou até que as minhas mãos cansassem. É aceitar que você vai mergulhar em um mundo de violência, mas que também haverá momentos de compaixão, e quando essa válvula esvaziar, aí sim você – quem sabe – vai descobrir quem de fato você quer ser.
Armored Brigade II
Se “WARNO” entrou na lista como um dos jogos que abraça a “Guerra Fria alternativa”, “Armored Brigade II” pega essa ideia e joga uma camada assustadora de realismo, — mas, ao mesmo tempo, é mais fácil de entender do que o título da Eugen.
O título, até então ainda limitado às vendas ao site da Matrix Games, pegou tudo o que o original fez – dezenas de países e veículos – e o colocou em uma engine 3D. Uma “pequena” mudança de perspectiva que faz toda a diferença.
Simples morros podem ser a diferença entre um batalhão estar inteiro ou em pedaços por conta de um antitanque bem-posicionado. Infantaria em florestas vira um elemento letal (algo que Zachtronics tentou demonstrar com “Möbius Front ’83”). E a última coisa que você vai querer fazer é combate urbano. Intenso, perigoso, assustador.
“Armored Brigade II” é o que eu espero de wargames no futuro, e muitos deles já deram uma pincelada desse futuro para mim, como “Sea Power” – não incluso nessa lista por ainda estar em acesso antecipado. E, se esse for o futuro, ele vai ser brilhante.