Fiquei debatendo comigo mesmo se um texto desses valia a pena, se algo que temos tão pouca informação valeria a pena ser publicado. Como vejo muitas pessoas comentando sobre o tão esperado anúncio da semana passada, não vejo porque não.
Bom, finalmente vimos o PlayStation 4 em toda a sua glória. Como era de se esperar, estou indiferente a ele. Veja bem, até onde vimos de fato se trata de uma ótima máquina, mas para nós, brasileiros mortais, não conseguiremos usar boa parte de suas funcionalidades.
Alguém realmente espera conseguir usar streaming de jogos, mostrar seu jogo ao vivo? Com uma internet tão instável como temos neste país? Se sim, desejo sorte na sua empreitada em fazer isso funcionar.
Mas vamos deixar isso de lado, o que muitos se importam com os jogos, mas, pera, que jogos? Ok, tivemos diversas Tech demos interessantes mas somente Killzone Shadow Fall se mostrou de forma jogável durante o evento.
O segundo que me impressionou foi o tech demo da nova Engine da capcom. Apesar de não crer que os consoles cheguem a aquele ponto de fidelidade gráfica tão cedo em seu ciclo de desenvolvimento, talvez seja possível daqui a dois, três ou quatro anos.
Não tenho muito o que falar sobre DriveClub, o novo jogo da Quantic Dreams nem inFamous – Second Son. Primeiro porque mostraram coisas pela metade ou com a duração de trinta segundos. Isso me irrita profundamente, se for para gastar milhões em um evento, pelo menos lança um trailer decente, né?
Aliás, deixa explicar uma coisa aqui. Nas especificações técnicas do PlayStation 4, 8GB de GDDR5 não faz o jogo rodar melhor, estamos entendidos? Sério, eu vi um bilhão de pessoas apontando que por ele ter 8GB de GDDR5 o jogo vai rodar com maior taxa de quadros, etc etc etc.
Tem diversas outros aspectos a serem levados em consideração. Aliás, uma quantidade alta de memória não significa nada, caso o clock dela seja baixo, ok? O que ela pode garantir é um melhor streaming de texturas, suporte a texturas de maior resolução e outros elementos. Isso não tem nada a ver com a taxa de quadros do jogo.
Isso fez com que o evento parecesse meio… apressado demais. Vamos enfiar uns trailers aleatórios, criar hype com o nosso público-alvo e torcer para que eles não reclamem que não mostramos muita coisa. (Vale apontar que apesar de não ter gostado, teve mais conteúdo do que a última apresentação da E3 2012 que só tinha o Wonderbook)
Meu grande interesse mesmo está em como a Sony e outras empresas lidarão com DLCs e métodos de distribuição de jogos. Por ser uma das primeiras empresas a aceitar o Free-to-Play em seu console, creio ver um aumento considerável dos mesmos durante os próximos anos.
Outro ponto importante será as desenvolvedoras indies, que pelo visto poderão publicar seus jogos na PlayStation Network sem precisar de uma distribuidora.
Isso é essencial, um dos grandes pontos que fez com que o Steam se tornasse a casa de tantos jogos independentes foram as ferramentas que a Valve os deu para ter total controle sobre seus títulos. Se a Sony fizer o seu trabalho de casa direito, creio que veremos algo similar no PlayStation 4.
Infelizmente isso não tem como descobrirmos por meio de trailers bonitinhos, que não me impressionam mais. A Sony tem uma boa máquina nas mãos e uma vantagem de tempo para atrair o interesse dos fãs da Microsoft.
Agora está nas mãos dela não repetir os mesmos erros de 2005 para que tenha melhores chances de não acabar no final da disputa de mercado.
PS: Acho desnecessário ficar comparando o PlayStation 4 ao WiiU a não ser com o único intuito de gerar discussão que não vai levar a nada, portanto não o adicionei ao texto.