Você já apagou na cama tão forte que, ao acordar não teve a menor ideia de como sequer chegou na cama ou o quarto está arrumado de um jeito diferente? Pois então, essa foi a minha sensação ao abrir Imperator: Rome 2.0. Fiquei ainda mais zonzo ao ver todo o conteúdo do DLC “Heirs of Alexander”, lançado juntamente com a atualização nesta terça-feira (16) por R$20,69.
Embora os diários de desenvolvimento e as notas de atualização divulgadas no fórum da Paradox já haviam “me preparado” para o que estava por vir, eu não imaginava uma mudança tão radical quanto Imperator Rome 2.0 trouxe. Praticamente todas as áreas do Grand Strategy foram refinadas para ficarem mais condizentes e melhor interligadas.
Um exemplo rápido de uma das partidas que fiz devido ao acesso antecipado oferecido pela Paradox para o Hu3Br foi com Roma. Ao invés do sistema tradicional visto até então nos jogos influenciado por Europa Universalis, Imperator: Rome 2.0 opta um sistema de alistamento que é diretamente interligado com a província da qual essas tropas estão sendo recrutadas. Em suma, o seu governador será o “general” dessas tropas – fazendo com que escolher o governador certo para cada região seja um trabalho muito mais complexo e com muito mais variáveis.
Isso também muda ao longo da partida quando Roma começa a adotar um sistema militar mais profissional, as famosas “legiões romanas”. Elas são liberadas por meio de reformas e avanços tecnológicos mas são tão complexas quanto lidar com os governadores. Você precisa garantir que seus generais são leais, importação de bens para obter certos tipos de tropas e por aí vai. Melhor parar por aqui se não eu vou gastar mais dois parágrafos só falando sobre este aspecto de Imperator: Rome 2.0.
Não bastasse isso, novas tradições militares foram adicionadas na atualização, a árvore de pesquisa está melhor organizada para você se planejar para possíveis imprevistos e tomar decisões mais impactantes em relação a como você controla a sua população. Assimilação ou aceitação de diferentes culturas também foi repaginada e agora ficou mais clara e obviamente a interface foi toda refeita.
Já Heirs of Alexander adiciona novas missões para o Império Selêucida, o Império Ptolemaico, a Macedônia e Trácia. Outra mecânica interessante é a possibilidade de você criar as suas prórprias “Great Wonders” – projetos arquitetônicos que darão bônus permanentes para a sua nação. Para ser bem honesto, eu sequer encostei no conteúdo de Heirs of Alexander tamanha foram as mudanças trazidas para o jogo base, mas esperem uma crítica nossa tanto sobre Imperator: Rome 2.0 e Heirs of Alexander o quanto antes.
Como muitos sabem pela minha crítica inicial, eu sempre gostei bastante de Imperator: Rome, mas concordo com muitos que não tiveram a mesma experiência que eu. Muitas das suas mecânicas narrativas estavam ligadas a muita sorte e ter a pessoa certa no lugar certo. Pelo o que pude ver da versão 2.0 até então isso deixa a ser menos uma questão de “sorte” e mais um processo natural do jogo.
Quem não gostou do jogo base vai cair de amores com Imperator: Rome 2.0? Bem, eu honestamente não sei, mas eu recomendo – e muito – você dar uma segunda chance a ele. Se eu que gostei estou impressionado, e não hesito em criticar a Paradox quando necessário (vide o nosso texto sobre Empire of Sin), quem sabe você não se apaixone desta vez?