Depois de três anos em desenvolvimento e um Kickstarter realizado no começo de 2019, a Abbey Games de Renowned Explorers disponibilizou o seu game de “gerenciamento” Godhood no Steam Early Access por R$57,99. Chamá-lo de gerenciador é um pequeno exagero da minha parte se for para ser bem sincero.
A premissa de Godhood (no papel) é relativamente similar a de outros “God Games” como Black & White ou Populous. Você assume o controle de uma divindade e deve guiar seus seguidores ou fanáticos para um futuro próspero por diferentes meios – sejam eles o da guerra, da paz, do amor ou da luxúria.
O que a Abbey Games faz de diferente em comparação aos games da Lionhead acontece na camada de interação – que é ainda mais “indireta” por assim dizer. Você não tem muito controle sobre os seus seguidores, apenas pode pedir para que eles realizem certas tarefas e o combate é totalmente automatizado.
Digo que isso funciona no papel, pois o tempo que eu joguei de Godhood não conseguiu me conquistar ainda. Há muita, para não dizer severa, automatização que deixa a jogabilidade um tanto “engessada”. Os turnos sempre se resumem em ditar um certo parâmetro para os seus principais seguidores (que também são usados no combate) e esperar que valores arbitrários – algo como “moedas divinas” – encham os seus cofres.
Em contraste é um estilo extremamente diferente do que a Abbey Games propôs Renowned Explorers, ao menos o game que tornou a empresa famosa aconteceu justamente por ser uma nova visualização de turnos e como você pode usar habilidades que vão muito além do típico “ataque” e “ataque mais forte”. Você podia assustar, caçoar, fazer inúmeras coisas com o seu oponente. Tinha um excelente toque de humor. Um que está fazendo falta em Godhood.