Todo Civilization passa por um ciclo. O jogo base é decepcionante, a primeira expansão melhora e a segunda o transforma em algo fantástico. Assim foi com Civilization IV e com Civilization V. Saberemos se o mesmo se repetirá em Civilization VI a partir de 14 de fevereiro, data de lançamento da recém-anunciada expansão Gathering Storm.
A Firaxis aposta dessa vez nos efeitos causados pela humanidade no clima, políticas e tecnologias modernas para inovar as partidas. As cidades agora irão necessitar de energia para funcionarem – recurso que pode ser obtido ao explorar matérias-primas estratégicas como carvão e óleo. À medida em que a partida avança, porém, esse consumo vai afetar a temperatura do planeta, causando a elevação do nível do mar e desastres naturais – tempestades de neve, tornados, secas ou inundações de certas áreas do mapa. Para contrabalancear isso o jogador terá novas estruturas, como barreiras contra enchentes, canais, ferrovias e pontes, e tecnologias sustentáveis.
Outra importante adição é um congresso mundial, onde jogadores que buscam uma vitória diplomática poderão usar uma nova “moeda” chamada “Favor” para que os oponentes adotem as suas ideias. De acordo com a Firaxis, será possível banir distritos ou a construção de certas edificações – que imagino serem ligadas ao clima de “aquecimento global” da expansão.
Gathering Storm também trará melhorias para o sistema de espionagem, novas mecânicas ainda não informadas para a vitória científica, 7 novas Wonders, 18 novas unidades, 9 construções, 5 novos tipos de distritos e 9 líderes. Mais detalhes sobre os líderes surgirão nas próximas semanas e meses.
Eu não ando colocando muita fé em Civilization, ainda mais com Rise and Fall, mas devo concordar que a temática é fantástica. Novos distritos, se bem direcionados a toda a temática de “planejamento para o quase-inevitável”, que parece ser o forte da expansão, podem finalmente justificar uma mudança tão massiva na jogabilidade da franquia. É sempre bom ver mudanças em condições de vitória que não seja “destruir todos os oponentes”, e até mesmo estou curioso para ver como o aquecimento global vai afetar aqueles que gostam de entrar em guerra constantemente.