Há dias em que sinceramente estou cansado de tanto SRPG, mas aí eu vejo títulos como o recém-anunciado Black Legend da Warcave e penso “olha, o gênero ainda tem salvação”. Previsto para 2021 no PC, PlayStation 5 e Xbox One, Xbox Series X e Switch, Black Legend quer misturar o folclore da Bélgica e Noruega do Século XVII com batalhas em turnos.
Até aí soa com o seu SRPG tradicional, mas o que me fisgou é a maneira que a história é contada. Ao invés do ritmo que estamos acostumados, você lidera um grupo de mercenários para explorar a cidade de Grant, amaldiçoada após ser tomada por um peculiar nevoeiro. Quanto mais fundo você for, mais detalhes sobre o que aconteceu nela são desvendados. Tudo bem que soa como uma página tirada do livro de “como fazer um jogo como BloodBorne”, mas quando aplicado a um SRPG, é uma bela motivação para seguir em frente.
Outro grande foco da desenvolvedora vai ser no uso da alquimia. Tal sistema lembra bem o que está presente em Divinity: Original Sin; você pode misturar elementos para causar dano em área como fogo, envenenamento ou sangramento. Todavia precisa tomar cuidado pois caso uma das suas unidades seja atingida, você sofrerá dano também.
A última grande promessa – e uma que me deixa ainda mais curioso – é a exploração livre da cidade. Ou seja, Black Legend não usa um sistema de missões mas sim o combate pode ocorrer a qualquer momento.
Vejo isso como uma faca de dois gumes, pois se minha experiência com jogos de estratégia (via QA ou como crítico), é muito fácil encurralar o jogador em uma situação onde ele não tem escapatória. Que a desenvolvedora esteja bem ciente disso e saiba espaçar o combate. Antes uma batalha intensa por vez do que múltiplas batalhas que me deixam entediado.