Timing é um negócio desgraçado. Um ano atrás a ideia de um jogo sobre uma pessoa que faz entregas em um mundo “pós-apocalíptico” era risível. Agora é uma pauta que pode ser levantada sobre o processo que entregadores terceirizados têm passado em 2020, o que faz o lançamento de Death Stranding para PC (Steam, Epic Games Store) um tiquinho mais aterrorizante.
Se você perdeu todo o burburinho que rolou em novembro de 2019, você joga como Sam Porter Bridges – protagonizado por Norman Reedus – em uma “missão” de reconectar os EUA a uma rede conhecida como “Chiral Network”. Claro que no típico estilo Kojima, isso é a ponta do iceberg da trama e ela expande para o absurdo que tendemos a esperar dele.
Mas no fundo o que faz Death Stranding ser tão interessante é o planejamento é requerido para se fazer as mais simples das ações, como entregar mantimentos. A natureza em si é hostil ao jogador; montanhas e riachos vão te atrapalhar, vai ser preciso criar atalhos, construir pontes e colaborar com outros jogadores para chegar no destino.
Até existem momentos com combate, mas são espaçados e não formam a base do jogo. Do que eu joguei no PlayStation 4, se você descontar a história, é quase como um Euro Truck Simulator se a SCS Software tivesse milhões para investir em visuais e contratar atores famosos.
A versão PC de Death Stranding chega com suporte a resoluções 4K (luxo para quem tem placas de vídeo de ponta), DLLS 2.0 e suporte a resoluções ultrawide (aleluia).