Ah, o maravilhoso mundo de intrigas, desgosto e ódio de Crusader Kings 2, agora com mais religião, que é o que Sons of Abraham adiciona e adiciona muito bem.
Ao contrário de OldGods, que adiconou tanta coisa que Crusader Kings 2 parecia outro jogo, Sons of Abraham é menor e mais focado em um único aspecto.
A grande adição desse DLC é a religião judaica. Com isso, você tem uma adição impressionante de novos eventos, novas mecânicas de jogo, ambições e por aí vai. De início, apenas os Khazars estão disponíveis como religião judaica padrão.
A não ser que seja um veterano em Crusader Kings 2, Os Khazars serão uma das “civilizações” mais complicadas de se jogar. Principalmente pelo fato que eles terão de guerrear pelo domínio do território a sua volta em questão de meses após o começo da campanha.
O melhor a se fazer, então, foi criar um rei que tem como religião o judaísmo. Consegui após muitas tentativas fracassadas restaurar o antigo estado de Israel, o grande objetivo quando se tem essa religião como a sua principal.
Em conjunto, as outras religiões também sofreram mudanças, como a adição do colégio dos Cardeais para os católicos e novos eventos para a religião islâmica. Para quem gosta de interagir muito com a religião no Crusader Kings II, até então não vejo motivos para não comprar o DLC. São pequenas mudanças que viram impactantes ao longo de sua jornada.
Boa parte da minha jogatina, porém, foi com a suécia, que estava com a religião católica enquanto os reinos ao seu redor eram nórdicos. Não foi algo fácil de controlar, tive brigas internas entre meus familiares, vassalos tentando tomar o controle e por aí vai.
Acabou que meu reinado foi duradouro, minha família reinou por 200 anos. Consegui colocar apenas um bispo no colégio dos cardeais, mas não o tornei papa nem nada.
Em comparação com outros DLCs para Crusader Kings 2, pode até se dizer que Sons of Abraham é um pouco decepcionante, mas ao mesmo tempo a Paradox lançou muitas coisas gratuitamente junto com esse DLC.
A Patch 2.0 para Crusader Kings 2 conta com mudanças drásticas em todas as mecânicas. A que mais senti foi a redução de seus exércitos, de 20.000 para 10.000. Isso tornou a conquista de territórios muito mais complicada, mas também força o jogador a se adentrar mais no estilo “roleplay” da coisa.
Não há muito o que se falar para a sua parte técnica. Não houveram mudanças do jogo-base, ou seja, os gráficos continuam belos, a interface é intuitiva e tudo funciona muito bem. Para quem busca mais música, a Paradox lançou em conjunto com Sons of Abraham um pacote de trilha sonora pago por R$ 2,99. Não é do meu feitio, mas se lhe agrada, porque não?
Por fim, Sons of Abraham não adiciona tanto quanto eu gostaria que adicionasse, mas em conjunto com a atualização 2.0, é um bom motivo para que você volte a jogar Crusader Kings II por mais umas 10 ou 15 horas.
A análise foi feita com base em uma cópia enviada pela Paradox