Ok, desta vez eu não vou tentar convencer ninguém que simuladores de ônibus não são um gênero de nicho. Eles são, e isto foi bem notável quando eu sentei para assistir a apresentação a portas fechadas de Bus Simulator 21. Já participei de muitos eventos na minha vida, mas não vi um com tão poucas pessoas. Acho uma pena, pois eles perderam a chance de ver a grande evolução de uma franquia que vem crescendo a cada ano que passa.
Em desenvolvimento pela stillalive studios e previsto para sair em 7 de setembro no PC, PlayStation 4 e Xbox One, eu já tinha grandes expectativas em relação a Bus Simulator 21. Um novo mapa, novos ônibus e melhorias visuais. É isso que tendemos a receber com jogos “anuais”, certo? Pois bem, a equipe da stillalive foi um tanto além dessa vez.
O maior divisor de águas entre Bus Simulator 18 – o qual julgo como o mais acessível e mais competente de todos – é a introdução de um modo “open world” e sistema de cronogramas mais robusto. Antes que torça o nariz para “pera, open world em um jogo de ônibus”, a implementação dele é relativamente superficial. Muito como a Dovetail Games faz com Train Sim World, o “open world” está lá para quem quiser. Caso o seu interesse seja apenas administrar uma companhia de ônibus, ótimo, você pode escolher o ônibus, criar as rotas e completá-las sem problema algum.
Todavia, muitos desses sistemas acabam sendo impactados pelo novo “open world”. Onde antes Bus Simulator 18 era um mapa “estático”, Bus Simulator 21 – ao menos pelo o que pude ver durante a apresentação da stillalive na Gamescom – é bem mais dinâmico. O sistema de navegação tanto dos ônibus, que agora seguem rotas definidas por você caso tenha contratado motoristas, e dos carros foram bastante melhorados.
Só da apresentação já deu para notar refinamentos como carros que ultrapassam seu ônibus caso você fique tempo demais no ponto. Isso por si só já reduz uma das minhas maiores críticas em relação a Bus Simulator 18, engarrafamentos quilométricos por conta de um evento aleatório que você não tem controle sobre.
De acordo com a stillalive, essas áreas foram remediadas pelo um sistema de demandas que impacta tanto o mundo aberto como as rotas dos ônibus em si. Em suma, cada ponto tem um grau de demanda de acordo com horário e região. Áreas residenciais terão mais demanda durante o amanhecer e áreas comerciais, ao entardecer – afinal todo mundo quer sair do trabalho o quanto antes. Rotas programadas para rodarem durante a noite com destino a distritos de entretenimento, como casas noturnas e afins, também tem demandas específicas.
Isso sem contar na óbvia adição de um mapa nos EUA e o retorno do mapa na Europa – incluindo todas as missões. Ambos os mapas possuem o modo open world e o sistema de demanda. Sinceramente fiquei até surpreso que o mapa na Europa não acabou virando um DLC pago.
A peça que me falta do quebra-cabeça é claro, a jogabiliade. A apresentação mostrou uma clara ênfase em uma interface mais “amigável” para quem joga no console – e aleluia por isto –, mas meu interesse mesmo fica para a hora que eu colocar as mãos no jogo, testar suporte a volantes e ao TrackIR. A stillalive confirmou que todos os volantes de Bus Simulator 18 poderão ser usados na nova versão. Então se você é a da turma que ainda segura firme e forte ao seu G27, fique tranquilo.
As minhas impressões sobre a jogabilidade infelizmente terão de esperar até dia 7. Com sorte as terei ela no ar assim que possível.