Durante uma transmissão realizada nesta terça-feira (17) no seu canal oficial do Twitch. A Bohemia Interactive oficializou o que até então foi o segredo mais “mal guardado” de 2022: Arma Reforger e a confirmação que Arma 4 está em desenvolvimento. Arma Reforger já está em acesso antecipado no Steam e Xbox Series X/S via o Game Preview a partir de R$99,99.
Quem acompanha a franquia Arma deve estar se perguntando muito sobre a parte “Xbox Series X/S”. Pois bem, Arma Reforger é em parte um “spin-off”, parte um jogo multiplayer e parte uma ferramenta de criação. E, é claro, uma maneira da Bohemia Interactive ganhar dinheiro enquanto a sequência não sai.
A ideia por trás de Reforger é trazer um pouco de arma para consoles por meio de um sistema multiplayer que conta com partidas em pequena e grande escala, editor de mapas e integração com mods que podem ser usados em ambas a plataformas. Se isto vai ser bem-sucedido, aí já é outra história.
Do que eu vi até então, Reforger saiu tão “cru” quanto a versão inicial de Arma 3. O maior destaque é a ilha de Everon, que apareceu originalmente em Operation Flashpoint. Todavia, com o foco sendo no multiplayer, a não ser que você utilize as ferramentas de edição ou o modo “Game Master” (antigamente conhecido como Zeus), você não tem como jogar contra bots. Os três cenários servem como uma “demonstração” do que a nova engine é capaz e nada mais.
O modo multiplayer em si também não é muito empolgante para quem joga no PC. Ele utiliza um sistema de conquista territorial similar ao de Squad mas menos polido e sem o conteúdo que é esperado de Arma. Nada de tanques, aviões ou artilharia. Por ora só há veículos anti-infantaria e transporte logístico.
Como um grande devoto da franquia, sem dúvidas vou acompanhar o desenvolvimento de Arma Reforger e de Arma 4 bem de perto. Mas me sinto decepcionado com a direção que a Bohemia decidiu tomar. Reforger poderia ter sido muito bem uma remasterização das missões de Operation Flashpoint e já um ótimo ponto de partida para os fãs sejam eles jogadores de PC (pela nostalgia) ou para quem tem um console e nunca jogou.
Sei que os modos online são um grande atrativo da franquia Arma, mas qual é o limite que essa integração de editor vai permitir? Como a Bohemia vai lidar com mods agora que a integração é pelo jogo e não mais via Steam Workshop? Muitas perguntas sem respostas e um futuro bem nebuloso pela frente.