RPGs táticos são poucos e as vezes nem tão bons. Foi por isso que agarrei Blackguards com todas as minas forças dado a sua qualidade.
Disponível no Steam Early Access, esse preview se baseia no primeiro capítulo da jornada de um grupo de criminosos. Até janeiro de 2014, todo o conteúdo de Blackguards estará disponibilizado para aqueles que já compraram durante o early access.
No início de sua jornada, a Blackguards lhe oferece três classes: Guarreiro, rogue e mago. Decidi por vez começar com warrior, já que normalmente é a classe mais fácil de se jogar.
A estrutura de Blackguards é bem similar a Fire Emblem ou Final Fantasy Tactics. Você tem um “mundo aberto” onde movimenta seus personagens em certas áreas, que libera cutscenes e batalhas. Ao contrário do tradicional sistema de level up, você recebe AP, ou Adventure Points. Esses são gastos para liberar habilidades especiais de seu personagem.
Sendo assim, é possível criar classes híbridas, como um mago que atira flechas, um guerreiro que usa magia e por aí vai.
São diversas habilidades, características de seu personagem para se levar em conta durante a batalha.
Um sistema relativamente complexo aonde a Daedalic consegue traduzir com extrema facilidade para a tela do jogador. Só para lhe dar um exemplo do quão grandioso Blackguards é, falamos de 29 magias diferentes, 26 habilidades para o rogue e por aí vai.
As batalhas não são aleatóricas, o que faz com que o jogador não tenha aquela sensação de “já vi isso antes”, mas pode prejudicar re-jogar no futuro.
Toda a ação se desenrola como em um tabuleiro, ou caso prefira, no estilo Heroes of Might & Magic III, Expeditions: Conquistador e outros. Cada unidade tem o seu turno e move X espaços no tabuleiro e realiza a ação selecionada pelo jogador. Para maior variedade, a Daedalic oferece alguns “puzzles” ou armadilhas para você e os inimigos.
O que mais gostei até então foi o quão dinâmico é o combate e simples de entender. A interface é rápida de se usar, para escolher habilidades, basta selecionar o botão direito do mouse em cima de seu personagem, o próximo personagem a atacar é claro e por aí vai.
O último RPG tático que joguei foi Agarest: Generations of War, ver como que Blackguards converte números, dados, tabelas de todo o combate de uma maneira tão natural da até gosto. Claro que Blackguards conta com um rápido tutorial, mas ele consegue com que até os novatos no gênero consigam entender o que ocorre na tela.
Outro ponto muito forte de Blackguards é sua narrativa. Por ser uma empresa muitíssimo focada em adventures, como Goodbye Deponia e Memoria, a história de Blackguards é no mínimo peculiar. Você começa a fugir da cadeia com seus parceiros nada santos e só melhora.
Tudo bem que vemos muitos ladrões / criminosos em jogos por aí, mas em um RPG somos sempre os mocinhos. Vamos ver como a trama se desenrolará nos próximos capítulos.
Na parte técnica, não tenho do que reclamar com Blackguards. Ele oferece uma gama de opções para configurar de acordo com a potência de seu PC, a estética é bela, mas não ótima e sua trilha sonora cai como uma luva na ambientação.
Por ser um título em Early Access, é possível que encontre algum problema como crashes ou bugs. Tenha isso em mente na hora de comprar. Pessoalmente não encontrei nada que tenha dado problema durante minha jogatina.
Aguardo ansiosamente os próximos capítulos de Blackguards, seja por sua narrativa interessante ou seu combate diversificado. Fãs de RPGs táticos tem de ficar de olho nessa belezinha, pois vale a pena.