Os fãs de jogos de estratégia baseada em turnos têm mais uma excelente opção para jogar o quanto antes. Estamos falando de Battle Worlds: Kronos, desenvolvido pela KING Art Games, que certamente ganhará uma quantia de respeito após lançar uma proposta interessante como o título em questão no mercado.
Não faz ideia do que estamos falando? Pois bem, a empresa mencionada acima lançou um Kickstarter para o desenvolvimento de um game de estratégia com uma estética futurista no segundo bimestre desse ano. A ação foi um enorme sucesso e milhares de interessados contribuíram para o projeto, chegando a um valor arrecadado maior que o dobro do originalmente pedido pela empresa.
Dessa forma, a comunidade permitiu que Battle Worlds: Kronos tomasse forma e possibilitasse a nossa experiência com o game, detalhadamente relatada abaixo.
Começamos nossa jornada baixando o instalador livre de qualquer DRM do site oficial do game. Não se empolgue, antes de começar a passar o link para todos os amigos, saiba que assim que você entrar no menu principal, deverá realizar o login da sua conta.
É importante dizer que encontramos alguns contratempos nessa fase, pois o launcher nos disse que havia uma atualização disponível. Naturalmente tentamos instalá-la, mas nossa tentativa foi respondida com um erro de processo. Estranhamente conseguimos ignorá-lo e seguir em frente e pelo menos na parte singleplayer não encontramos problema algum decorrente desse episódio.
Após sermos recepcionados pelo menu e escolhermos a opção de Campanha, uma breve animação simples nos contextualiza o melhor que pode. No final dela, o sistema nos retorna para o menu principal. A falta de fluidez que a ausência de uma transição automática para a primeira missão nos proporcionou é uma lacuna facilmente perceptível.
Sem problemas, alguns cliques a mais e estamos na primeira missão, que por sua vez tem a função de introduzir o jogador às mecânicas do jogo.
Tudo se baseia nos pontos de ação. Quando uma unidade é selecionada e o jogador tem o mouse sobre ela, os ícones referentes aos tais pontos surgem e ilustram as ações que podem ser realizadas pela unidade e a disponibilidade delas naquele turno, ou seja, se você já atacou com aquela unidade e não lembra, o ícone parcialmente esmaecido irá refrescar a sua memória. O vídeo abaixo pode explicar graficamente o que queremos dizer:
Existem três tipos de action points. O primeiro é referente ao movimento da unidade, que será gasto independentemente do tamanho do deslocamento. Isso significa que mover uma casa tem o mesmo peso que alterar a posição daquela unidade o máximo possível dentro do turno.
Em seguida, existem os pontos de ataque que podem ser usados para lesar um oponente caso ele esteja dentro do alcance do atacante, que por sua vez pode precisar se movimentar antes de entrar em combate. Outro detalhe é que o alcance varia de unidade para unidade.
Finalmente, certas unidades possuem pontos de ação coringa, que servem para qualquer uma das ações citadas acima. Isso significa que, dentro de certas circunstâncias, é possível cobrir uma grande porção de terreno em apenas um turno, ou até mesmo atacar com aquela unidade duas vezes antes de passar a vez para o outro jogador.
Já que estamos comentando sobre destruir os tanques dos outros, vamos falar de combate.
As mecânicas por trás dessa parte do jogo valorizam os jogadores agressivos, pois beneficiam e recompensam aqueles que agem dessa forma.
A primeira prova disso é o bônus no dano que surge quando várias unidades aliadas se posicionam próximas de um mesmo desafortunado para ataca-lo, facilitando o abate.
Em seguida, o dano que uma unidade causa é diretamente proporcional à vida restante. Dessa forma, um tanque de vida cheia causará o dobro do dano que um que tem apenas 50% dela.
Com tantas vantagens ao agressor, a jogabilidade ficaria um tanto injusta para o outro lado. Para sanar essa situação, toda unidade atacada retribui o favor logo em seguida. Só que como esse é um jogo onde a melhor defesa é o ataque, esse recurso só está disponível uma vez, na maioria dos casos. O link abaixo conta exatamente a história do combate de Battle Worlds: Kronos
A outra vertente do Singleplayer são os mapas de desafio que estão disponíveis em um submenu.Em um deles, você precisa se defender durante o máximo tempo possível; no outro, deve se apoderar de localizações estratégicas, entre outros.
Já o Multiplayer funciona de forma interessante. Talvez alguns dos leitores já tenham se aventurado em uma partida multijogador de Civilization e perdido uma semana de suas vidas. A mecânica de Battle Worlds: Kronos dá horas ou até mesmo dias – dependendo da configuração da sala – para os integrantes da partida fazerem o seu turno. Por um lado, isso favorece a produtividade de todos; por outro, uma coisa dessas pode desfavorecer a imersividade da partida.
Tecnicamente falando, é um jogo carinhosamente trabalhado precisando de uma grande quantidade de polimento. Detalhes como a falta de transição no menu e animações que poderiam estar mais suaves são a prova disso.
Também encontramos empecilhos como a nossa visão sendo jogada para um canto completamente irrelevante do campo de batalha quando precisamos dar um alt-tab, o que gerou certo incômodo.
Esteticamente falando, o jogo não deixa de ser bonito apesar das menções feitas acima, acreditamos que Battle Worlds: Kronos tem um grande potencial de ser mais um bom título de estratégia e diríamos que botar fé no game está longe de ser um mau investimento.
A análise foi feita com base em uma cópia enviada pela Nordic Games