Eu não tenho muitas “datas” para definir quando o ano começa. Normalmente eu digo que ele começa para “valer” quando publico uma retrospectiva e os meus favoritos de 2023. Esqueci de levar em conta um ponto-chave: escrever sobre Total War. Bem, isso muda nesta terça-feira (16) pois a Creative Assembly anunciou que a próxima atualização de “Total War: Pharaoh” sai em 25 de janeiro com duas novas facções gratuitas.
“Gratuito?” Pois é. Se você perdeu o anúncio publicado em meados de dezembro do ano passado, a Creative Assembly repaginou os DLCs para o game e se foca em melhorar o jogo base. O primeiro DLC pago agora é a atual atualização intitulada “High Tide”. Ela introduz os tão aguardados “Povos dos Mar” para o jogo que são encabeçados pelos Shirdana e os Peleste.
Os Shirdana, cujo líder é Iolau, tem como principal mecânica seu sistema de horda. Quem jogou outros jogos da franquia sabe bem do que falo, mas em suma a facção não possui uma cidade, mas sim nômades que sobrevivem de espólios de guerra.
No caso de “Total War: Pharaoh”, essa mecânica é central para a evolução dos Shirdana durante a campanha. Espólios de guerra de cidades ou locais estratégicos garantem um aumento considerável da sua pilha de recursos. Considerando o tamanho do mapa do jogo, é praticamente essencial.
Os Peleste de Alíates funcionam de forma similar, mas ao contrário dos Shirdana, podem construir vilarejos / cidades sobre cidades que foram totalmente destruídas. Mas, se você quiser, pode também ir para o modo “nômade” e tentar tomar o Egito para si só.
As diferenças podem soar “superficiais” do jeito que eu descrevi acima, mas o que faz os Povos do Mar tão interessante são as suas tropas. Os Peleste, por exemplo, possuem carroças especiais que podem “transportar” tropas e flanquear os inimigos e os Shirdana contam com unidades armadas com arpões e tropas munidas de escudo com formações especiais.
Claro que a “veracidade” do uso dessas táticas pelo Povo do Mar – ou até mesmo quem são – é muito debatido pela comunidade de historiadores, portanto jamais use jogos com foco em eventos históricos como referência. Dito isso, ambas as facções parecem bastante divertidas de jogar.
Como alguém que gosta muitíssimo da Idade do Bronze, ainda fico triste que “Total War: Pharaoh” não agradou a todos. Como disse na minha crítica, foi a melhor forma que a Creative Assembly encontrou até então de unir o Total War “clássico” com o Total War “moderno”.
Veja o trailer de anúncio e mais imagens do Povo do Mar abaixo. Mais detalhes estão disponíveis no blog da Creative Assembly.