Quando joguei Cities: Skylines pela primeira vez, sabia que seria um game especial, que me faria gastar horas e mais horas de jogo. Com Cities: Skylines – After Dark, essa afirmação ficou mais forte ainda. A expansão está disponível no Steam por R$ 27,99.
O grande destaque fica para a inclusão de um ciclo de dia e noite. Além de mudar esteticamente a cidade, ele altera a funcionalidade de elementos como o transporte, hábito dos cidadãos e segurança. O primeiro detalhe aparente foi a maneira a qual o transito se adapta ao longo do dia. A já excelente simulação de tráfego de Cities Skylines fica ainda melhor.
Nos primeiros raios de sol, é possível ver caminhões entregando materiais as fábricas, enquanto o cair da tarde faz com que as ruas que levavam aos meus distritos ficassem entupidas de carros ao ponto de não saber o que fazer com tanto transito.
Já ao cair da noite, as ruas tomavam outra dinâmica, com meus distritos focados no entretenimento – outra novidade de After Dark – com maiores movimentos e o resto da cidade um pouco mais perigosa. O crime, uma das funcionalidades pouco exploradas em Cities Skylines, agora está levemente mais interessante com o aumento da violência no período noturno e a inclusão de prisões. Ainda assim, é um problema fácil de contornar com a inclusão de mais estações de polícia e as recém adicionadas prisões.
Além de entretenimento, os distritos agora podem ser focados em turismo. Cities: Skylines – After Dark adiciona novas construções para atrair turistas e aumentar a rentabilidade da cidade. Esta que também é ajudada com a adição de taxis, aeroporto internacional e um grande terminal de cargas marítimas. Ainda em questão de transporte, há a adição de ciclofaixas – mecânica que testei brevemente durante algumas cidades que criei na expansão. A diferença no transito parecia mínima.
Por mais que sejam atraentes essas adições e até certo ponto adicionarem uma nova camada de desafio, não resolvem o problema que tenho com Cities Skylines. O endgame.
Depois de muitas horas no ajuste de transportes, criação de novas rotas, verificar que o fluxo de caixa está bem longe do vermelho, pouco há a se fazer em Cities: Skylines, você pode construir uma nova cidade ou observar enquanto seus habitantes seguem com as suas vidas. Em Cities: Skylines – After Dark o mesmo acontece, apenas com um pouco mais de desafio e variedade. No final das contas eu me via no mesmo beco sem saída, sem saber o que mais poderia ser feito.
Claro que isso pode ser um pouco de falta de visão da minha parte, já que estava ciente de que certas ruas poderiam ser melhor distribuídas, alguns distritos alterados. No fundo, estava contente com a cidade que havia criado e não mudaria um dedo dela. Um pouco mais de “motivações” para continuar a melhorar a minha cidade seria muito, mas muito bom.
Para quem optar por não comprar a expansão, ainda receberá gratuitamente o ciclo de dia e noite, novo painel de finanças e mudanças nos valores de terra para construções na beira da costa. Os que compraram terão acesso as adições descritas acima e uma enormidade de novos prédios – de boates a cassinos – para embelezar a cidade.
A parte gráfica de Cities: Skylines fica ainda mais bonita no período noturno, com prédios sendo iluminados gradativamente e a cidade ainda mais bonita. Não notei diferença no desempenho em cidades pequenas, enquanto computadores mais fracos podem sofrer uma queda na taxa de quadros durante a noite em cidades com mais de 100 mil habitantes.
Cities: Skylines – After Dark cumpre o seu objetivo. Mais variedade para quem precisa de variedade. Os novos prédios dão um novo visual a cidade, a adição de cadeias e sistema de táxis oferecem novas mecânicas e problemas as serem resolvidos. Infelizmente carece de desafio no endgame. É longe de uma expansão essencial para aproveitar Cities: Skylines, mas que recomendo para aqueles que desejam tornar a sua cidade ainda mais bela.
A análise foi feita com base em uma cópia enviada pela Paradox