Eu sempre fui fanático por wargames, desde pequeno. Quem me introduziu a este tão restrito, porém cheio de games especiais, foi Close Combat.
Panthers in the Fog portanto não tem só um grande peso nostálgico como é uma das principais séries de tactical wargaming disponíveis no mercado.
O mais novo lançamento da a Matrix Games trouxe diversas melhorias a uma fórmula que se mantém do mesmo jeito há um bom tempo. A primeira de todas seria a sua nova interface. O gerenciamento de unidades se tornou tão mais simples, é bem mais fácil encontrar qual o pelotão que você quer mover.
Outro ponto foi a adição de gráficos melhores. Convenhamos, o motor gráfico de Close Combat não é dos mais novos, aliás, é o mesmo desde 1996. Daquele ano até hoje muitas coisas mudaram. Desta vez podemos contar com elementos com 32Bit de resolução, o que não é algo impressionante, mas toda melhoria é válida neste quesito.
Quem conhece a série sabe que o forte nunca foram os gráficos, mas sim o gameplay. Em Panthers in the Fog contamos com cinco campanhas principais, sete cenários e mais de 32 batalhas diferentes. Creio que de todas as versões jogadas, esta foi a mais brutal no quesito dificuldade.
Convenhamos, Close Combat nunca foi uma franquia voltada para os novatos de wargames. O tutorial lhe apresenta o básico, mas não o necessário para ter sucesso em combate. Você tem a escolha de aproveitar e ler o manual de 84 páginas ou dar a cara a tapa para aprender na marra. Quando se aprende, porém, foram poucas as batalhas tão satisfatórias quanto as que vi durante Panthers in the Fog.
Uma das mecânicas introduzidas foi a névoa matinal que era vista nos campos de batalha. O cenário todo fica com ela presente, consequentemente suas unidades tem um campo de visão reduzido. Foram incontáveis vezes que um grupo de soldados foi pego despercebido por uma emboscada e massacrados até o último homem.
Falando em comandar grupos de sodados, Close Combat ainda não chegou a um ponto onde possa definir como “ideal” no quesito pathfinding.Diferente de outros jogos tácticos, ele não possui uma boa implementação do sistema de waypoint. Isto fez com que em certos momentos meus soldados decidissem não se proteger do fogo inimigo e correr em campo aberto.
O mesmo se aplica a inteligência artificial do inimigo. Algumas vezes consegui ver manobras táticas inteligentes, enquanto outras vezes parecia que eles pediam para morrer. Foram alguns combates jogados no lixo devido a isto.
Não diria que Panthers in the Fog visa atrair um público novo para a franquia, mas todas as pequenas adições e novos mapas farão com que qualquer fã tenha mais do que motivos suficientes para compra-lo. Nada bate ainda a sensação de destruir um Panzer IV ou conseguir salvar um soldados de artilharia no último instante. Infelizmente ele poderia ser melhor se não fosse pelos problemas com a inteligencia artificial e pathfinding.
Caso tenha interesse, dê uma passadinha no site oficial da Matrix Games, seu preço médio é de R$ 84,99.
A análise foi feita com base em uma cópia enviada pela Matrix Games.